Mees Hendrikx, de 23 anos, tem sido uma presença regular durante este inverno de ciclocrosse para a Crelan-Corendon, competindo em nada menos do que oito provas da Taça do Mundo UCI. Apesar disso, o seu futuro no desporto está em dúvida.
"O meu contrato termina normalmente a 28 de fevereiro. Por isso, no papel, só sou profissional há dois meses. E, neste momento, ainda não tenho perspetivas de um novo contrato, por isso é um grande ponto de interrogação se ainda serei profissional depois de 1 de março. Esta incerteza é realmente uma chatice", explica numa conversa aberta e honesta com o In de Leiderstrui.
Hendrikx não é o único a passar por este tipo de situação, já que Ryan Kamp foi forçado a abrir um negócio próprio para poder continuar a competir. "Quando vemos como as coisas correram com o Ryan, apercebemo-nos de como é realmente difícil", diz Hendrikx, comparando as suas situações. "O Ryan é um talento incrível e tem tido muita dificuldade em encontrar um novo empregador. Para mim, isto significa que há uma grande probabilidade de me reformar como profissional a partir de 1 de março. Essa hipótese existe, certamente".
"Encontrar uma bicicleta, uma camisa e umas calças algures não é difícil, mas no final do mês todas as despesas têm de ser pagas de novo, o que torna tudo muito mais difícil", conclui, preocupado. "Voltar à universidade é também uma opção que terei de analisar. Também tenho algumas ideias na cabeça para o caso de o ciclismo já não resultar. Vou voltar a trabalhar ou quero fazer outra coisa? Portanto, tenho muito em que pensar neste momento. É tudo menos um período fácil. Estes meses vão ser cruciais".