Michel Wuyts critica o tratamento dado pela INEOS a Tom Pidcock: "Não se dá um pontapé no rabo a um duplo campeão olímpico"

Ciclismo
sexta-feira, 08 novembro 2024 a 17:00
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O futuro de Tom Pidcock tem sido um dos temas mais discutidos no mundo do ciclismo no final da época de 2024. Depois de ter sido controversamente excluído do alinhamento da INEOS Grenadiers na Il Lombardia, o futuro do ciclista britânico poderá não passar pela equipa, com rumores de uma mudança para a Q36.5 ou mesmo para a Red Bull - BORA - hansgrohe.
À medida que a temporada de 2025 se aproxima, Pidcock parece agora destinado a continuar com as cores da INEOS Grenadiers, uma vez que a equipa britânica procura reagrupar-se e reavaliar-se após algumas campanhas decepcionantes, fazendo grandes mudanças na equipa de desempenho. No entanto, segundo o experiente e respeitado especialista belga em ciclismo Michel Wuyts, o tratamento dado a Pidcock pela INEOS Grenadiers deixou muito a desejar.
"O mais espantoso foi o facto de a INEOS não ter visto inicialmente qualquer problema com isso (a alegada mudança para a Q36.5 Pro Cycling Team). 'Ainda bem que nos livrámos daquele arruaceiro', devem ter pensado os parceiros do proprietário da equipa Sir Jim Ratcliffe", diz Wuyts na sua coluna para o HLN.  "Até quiseram dar uma ajuda à Q36.5, pagando parte dos seus salários. Suponho que o Tommy  depois daquele momento brilhante em Emília, deve ter dado um belo sermão aos seus líderes. Tipo "estão a ver, senhores sabichões". Então, nada de Lombardia, Sr. Pidcock. Continuem assim. Não há forma de avaliar o vosso desempenho."
No entanto, dada a posição de Pidcock, que estava em boa forma e era um dos candidatos ã corrida e lideraria a INEOS Grenadiers, Wuyts não acha que deixá-lo de fora tenha sido a melhor abordagem. "Não se dá pontapés no rabo de campeões olímpicos - especialmente um duplo campeão olímpico- e de membros do Império Britânico", diz o belga. "Eles são parte do património."
"Não, não vão ganhar a Volta", conclui. "E Pidcock? Se ele vai ter um papel mais proeminente depende de uma mudança de mentalidade. É necessário fazer um melhor programa de preparação para a sua campanha de estrada. É essencial que haja uma maior abertura e que se desenvolva uma liderança valorizada".

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