Mikel Landa segue confiante para a geral do Giro: "Aguento tareias como poucos. Os anos passam e continuo a manter um bom nível"

Ciclismo
sexta-feira, 09 maio 2025 a 11:30
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Mikel Landa parte para a Volta à Itália 2025 com a responsabilidade de liderar a Soudal - Quick-Step, num regresso à Corsa Rosa. Poucos dias depois de renovar contrato com a formação belga por mais uma temporada, o trepador basco partilhou com o jornal Marca as suas expectativas, a leitura do percurso e dos adversários, e a sua visão do actual momento do ciclismo espanhol.
"É a corrida onde explodi como ciclista de Grandes Voltas", começou por afirmar. "Sempre que volto ao Giro, volto com um sorriso, apesar dos momentos difíceis que também vivi. É uma corrida muito especial."
Landa não alinhava no Giro desde 2022, ano em que subiu ao pódio final em Verona. Este ano, sente que o tempo começa a escassear para novas oportunidades: "Já não vinha aqui há vários anos. Da última vez terminei no pódio e agora estava na altura de voltar. Caso contrário, talvez em 2026 seja demasiado tarde. Pode ser a minha última oportunidade de subir ao pódio numa Grande Volta."
Sobre a ausência dos nomes mais dominantes do pelotão atual - Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard - o ciclista da Soudal - Quick-Step mostra-se indiferente: "Se não forem eles, serão outros. Por vezes até prefiro que estejam cá, porque são capazes de endurecer a corrida e eliminar rivais que eu sozinho talvez não fosse capaz."
Na estrutura belga, Landa parte com liberdade para disputar a classificação geral: "A equipa precisa de um homem para a geral. Se eu responder bem desde o início, farei o que sei. Se acontecer alguma coisa, como uma queda, um dia mau, então mudaremos o plano. Mas para já, o corpo não me pede para fazer mais nada nesta corrida."
Conhecido pela sua resiliência, o basco sublinha o papel do fator mental na sua longevidade competitiva: "Aguento tareias como poucos. Os anos passam e continuo a manter um bom nível. Cada ciclista tem o seu ponto forte e talvez a cabeça seja o meu."
Sobre a natureza imprevisível da prova italiana, Landa não hesita: "O Giro sempre foi caprichoso. Na primeira semana parece que um ciclista vai ganhar, depois aparece outro na segunda, e na terceira semana decide-se tudo. Podem sempre surgir surpresas."
Um dos grandes focos mediáticos deste ano recai sobre Juan Ayuso, jovem líder da UAE Team Emirates - XRG, a quem Landa reconhece maturidade e potencial: "Pode ser uma grande oportunidade para o Juan e para o ciclismo espanhol. Vejo-o a dar um passo em frente, a assumir responsabilidades e a disputar as corridas."
Questionado sobre Primoz Roglic e os restantes favoritos à Maglia Rosa, Landa sublinha a consistência do esloveno: "Roglic tem estado num nível elevadíssimo há cinco anos. É difícil imaginar que possa melhorar ainda mais, mas nunca se sabe. São ciclistas que têm estado sempre lá... e talvez, com um pouco de sorte ou experiência, nós, os veteranos, possamos surpreender."
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