Movistar segue em frente depois de não conseguir contratar Carlos Rodríguez: "Esse espaço restante será preenchido por outros ciclistas"

Há já algum tempo que Sebastián Unzué deixou de ser apenas o filho de Eusebio e passou a ser uma parte importante da equipa técnica da Movistar Team. Carlos Rodriguez era o principal objetivo do período de inverno, mas o espanhol optou por permanecer na INEOS Grenadiers, com promessas de liderança e um salário de mais de 2 milhões de euros.

Numa entrevista recente aos colegas do Lepuncheur, Sebastián explica o planeamento desportivo para 2024, que começou com o choque da queda do negócio por Carlos Rodriguez: "É difícil perder um ciclista com quem se conta e em quem se deposita grandes esperanças, porque se pensa que ele se adapta perfeitamente à equipa. O que aconteceu com o Carlos foi digerir, assimilar, aceitar e continuar a trabalhar", admite Unzué. "Já o tinha feito no verão, quando vi que seria quase impossível que o acordo que tínhamos fosse respeitado e que ele viesse connosco".

Sobre jogar com o mercado, aquando de Carlos decidr renovar com o INEOS Grenadiers: "As pessoas às vezes dizem-nos que o Carlos não vem e que não vem mais ninguém para o seu lugar. Mas no mercado há o que há. Não é tão fácil como dizer: este corredor está livre, eu quero-o, eu tenho-o".

"O que estou convencido é que esse espaço restante será preenchido por esses ciclistas. Se há uma coisa que temos, é muita juventude com potencial". A equipa espanhola contratou nomes como Nairo Quintana, Rémi Cavagna, o campeão do Mundo de contrarrelógio de sub-23 Lorenzo Milesi e Pelayo Sánchez, que já venceu o Trofeo Pollença - Port d'Andratx.

Falando desses "outros ciclistas" que podem explodir na Movistar Team, Sebastián Unzué destaca o que Oier Lazkano ou Matteo Jorgenson fizeram em 2023.

"Quem poderia imaginar, há um ano e pouco, que veríamos o Lazkano que vimos em 2023. Também ninguém imaginava o nível que o Matteo Jorgenson atingiu quando chegou à Movistar. Espero que algo semelhante aconteça com os ciclistas que chegaram".

O dirigente nomeia ainda estes potenciais talentos (Carlos Canal, o recente vencedor em terras maiorquinas Pelayo Sanchez ou ainda a contratação de Nairo Quintana):

"Há talento: Canal, Pelayo, Manlio, pessoas um pouco mais velhas como Cavagna e Formolo. No final, há um plantel sobrecompensado. Se tivesse acontecido o que aconteceu com o Carlos, talvez a porta não se tivesse aberto para o Nairo. Penso que vai ser um bom ano. Temos um bom plantel."

Artigo escrito por Juan Larra.

Place comments

666

0 Comments

More comments

You are currently seeing only the comments you are notified about, if you want to see all comments from this post, click the button below.

Show all comments