"Não têm recursos" Ex-profissional afirma que saída de Evenepoel da Soudal era inevitável

Ciclismo
sexta-feira, 15 agosto 2025 a 7:00
Evenepoel
A Soudal – Quick-Step começa a preparar-se para a vida sem Remco Evenepoel. O belga de 25 anos, vai despedir-se do 'Wolfpack' no final da presente temporada, encerrando assim um ciclo de sete anos de ligação. Nesse período conquistou a Volta a Espanha, sagrou-se tricampeão mundial e arrecadou duas medalhas de ouro olímpicas. Contudo, falta-lhe ainda o triunfo na Volta a França e é com esse objetivo que irá reforçar a Red Bull – BORA – Hansgrohe em 2026.
"Não há muitas equipas capazes de o contratar", explicou à Eurosport o antigo profissional Lars van den Berg. Para o campeão olímpico, a lista de possibilidades era curta: "Se queres bater o Pogacar, não podes ir para a Emirates e o Evenepoel também não pode ir para a Visma. Assim, só restavam a Red Bull e a INEOS como hipóteses. Parece-me lógico que tenha escolhido a Red Bull."
A transferência, porém, não agrada a todos. Van den Berg vê riscos na perspectiva da equipa alemã: "Do ponto de vista da Red Bull, isso é menos evidente, tendo já Roglic e, sobretudo, Lipowitz. Dada a idade dele, eu apostaria no Lipowitz. Agora estão a investir muito para contratar o Evenepoel e torna-se mais difícil distribuir funções dentro da equipa."
Remco Evenepoel vai atrás do seu sonho, agora com outras cores, a partir de 2026
Remco Evenepoel vai atrás do seu sonho, agora com outras cores, a partir de 2026
Na Soudal – Quick-Step, a saída representa o fim de um projecto montado para apoiar Evenepoel nas montanhas, apesar de terem um orçamento limitado. O objectivo de vencer a Volta a França nunca foi alcançado. "Acho que foi apenas por esse compromisso que ele resistiu tanto tempo às propostas de outras equipas", frisou Van den Berg. "De início, assumiu-se que iria ganhar várias edições do Tour. É natural construir-se uma equipa em torno de um belga com este talento. Mas agora a Soudal – Quick-Step vê que ganhar o Tour com o Remco é muito difícil."
O esforço para concretizar esse sonho foi evidente, com contratações como Mikel Landa para desempenhar o papel de principal domestique para a alta montanha. Ainda assim, enquanto a Quick-Step lutava para garantir domestiques de qualidade, equipas como a Visma e a Emirates contam com vários trepadores de elite para proteger Vingegaard e Pogacar.
Perante esse cenário, a mudança tornou-se inevitável. "A equipa trouxe o Landa, o Vervaeke e o Van Wilder, este vindo da DSM. Mostraram que queriam mesmo investir no projecto, mas não dispõem dos recursos da Visma e da Emirates", concluiu Van den Berg.
aplausos 0visitantes 0
loading

Últimas notícias

Notícias populares

Últimos Comentarios

Loading