Remco Evenepoel está prestes a regressar à
Volta a França pela segunda vez na carreira, depois de conquistar um terceiro lugar na sua estreia em 2024. O líder da
Soudal - Quick-Step apresenta-se este ano como a principal ameaça ao duo que tem dominado o Tour nos últimos anos: Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard.
Na contagem decrescente para o embate em solo francês, os três candidatos têm estado em estágio em altitude, com vista à preparação específica para os desafios montanhosos que se avizinham. No caso de Evenepoel, esse trabalho incluiu uma ida ao temido Col de la Loze, ponto culminante da "etapa rainha" da edição de 2025.
“A subida é muito, muito longa. É a mais longa da Volta a França deste ano”, analisou o belga num vídeo partilhado no
Instagram da Courchevel Sports Outdoor, após atingir o topo. “É uma subida muito irregular, difícil de encontrar um ritmo constante.”
Evenepoel com Vingegaard e Pogacar no recente Critérium du Dauphiné
O Col de la Loze, com 26,2 km a 6,5% de inclinação média (após uma abordagem longa e desgastante), surge como o clímax de uma jornada infernal que incluirá também o Col du Glandon e o Col de la Madeleine. Um verdadeiro teste à resistência dos candidatos à geral e uma oportunidade para Evenepoel medir forças contra os trepadores mais puros.
Apesar de ter demonstrado superioridade face aos seus rivais no contrarrelógio do recente Critérium du Dauphiné, o campeão olímpico mostrou ainda alguma desvantagem nas subidas longas. A interrogação para julho reside precisamente aí: conseguirá Evenepoel encurtar o fosso nas montanhas a tempo do Tour?
"Chegar aqui nunca é fácil e é a primeira vez que vamos subir desde Courchevel", acrescentou o belga. “Vai ser uma etapa muito dura, com o Glandon e a Madeleine. Não vai ser fácil, mas vai ser uma grande etapa.”