O francês que quer desafiar e vencer Pogacar, Vingegaard e Evenepoel no Campeonato da Europa

O Campeonato da Europa de 2025 aproxima-se do seu momento mais esperado: a corrida de estrada de elites masculinos. Será uma edição histórica, não só pelo percurso exigente, mas porque coloca frente a frente os três nomes que dominam o ciclismo atual - Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel. Num cenário como este, um jovem francês sonha em desafiar todas as probabilidades: Romain Grégoire.

O ciclista da Groupama - FDJ, ainda em plena ascensão, chega à prova com a ambição de conquistar uma medalha, alimentado pelo apoio do público francês e pela confiança que a sua temporada lhe deu.

Grégoire não esconde que o desafio é tremendo, mas mantém a crença. “As oportunidades existem, mas são raras. É preciso estar preparado, ser sério e continuar a acreditar para as aproveitar”, disse à Eurosport.

O francês lembra que conhece bem as estradas onde a prova se desenrolará e acredita que o percurso pode jogar a seu favor. “São esforços que me convêm”, afirmou, evocando a sua vitória na Faun Ardèche Classic, no início da época, num triunfo conquistado após um erro de Enric Mas e Javier Romo na curva final.

No Campeonato do Mundo em Kigali, marcado por quase 5.500 metros de desnível acumulado, Pogacar mostrou-se intocável. Grégoire admite que ali não teria grandes hipóteses. Mas no Europeu, o cenário será diferente: a corrida terá cerca de 3.300 metros de acumulado, uma dureza que poderá beneficiar trepadores mais versáteis, capazes de gerir subidas intensas mas mais curtas.

A batalha pelo título europeu deverá centrar-se em dois obstáculos que se repetem várias vezes e podem partir o pelotão:

Será aí que Grégoire terá de resistir às acelerações dos favoritos e encontrar a oportunidade de surpreender.

O francês chega aos Europeus em grande forma. Na sua última prova, a Volta ao Luxemburgo, conquistou duas etapas. Pouco antes, triunfara na Volta à Grã-Bretanha, onde também levantou os braços numa das etapas. Essa consistência explica o entusiasmo dos adeptos franceses, que começam a acreditar que o jovem pode mesmo escrever o seu nome entre os gigantes da modalidade.