O jovem esloveno que vai deixar a Emirates para se juntar a equipa rival: "Quase não tive espaço para correr"

Em 2023, a UAE Team Emirates contratou o ciclista esloveno Gal Glivar da Adria Mobil - a mesma equipa em que Primoz Roglic correu antes de se juntar à Visma - mas o jovem deixa agora a equipa em busca de melhores oportunidades. Vai juntar-se à Alpecin-Deceuninck, onde espera ter liberdade para correr e perseguir os seus próprios resultados.

Glivar foi estagiário no final de 2023 com a equipa profissional e fez parte da sua estrutura de sub-23 em 2024. No entanto, quase não teve a oportunidade de correr com os ciclistas de elite. "Na verdade, é muito simples. Não estávamos em sintonia em relação ao contrato. Não tanto por causa da situação económica, mas por causa das oportunidades de correr e melhorar", disse Glivar como as razões da sua saída para a Bici.Pro.

Glivar teria um lugar na UAE, mas assinou com a Alpecin-Dececuninck. No último ano e meio, Glivar teve uma ideia de como é difícil encontrar um lugar numa equipa tão forte. "Foi divertido correr com a camisola da Emirates e apoiar os meus colegas de equipa. Dar o nosso melhor e depois ganhar a corrida é algo especial e bonito, especialmente no World Tour. Estive sempre disponível, mas quase não tive espaço para correr".

Agora, o jovem de 22 anos dá o salto para o World Tour, já com algumas vitórias no bolso e muito potencial. É um especialista em clássicas, algo que a Alpecin valoriza bastante. "Se tivesse de me comparar com alguém, diria que, em termos de caraterísticas, me assemelho a Tom Pidcock", defende Glivar.

Terá a oportunidade de se juntar a Mathieu van der Poel, que tem atualmente dois títulos mundiais contra um de Pogacar, o que é interessante. "Eles são os ciclistas mais fortes do mundo, mas eu quero competir com eles e crescer. O início da época vai ser um pouco mais calmo, com corridas não muito exigentes para apanhar o jeito a tudo. Para o tipo de ciclista que sou, haverá grandes oportunidades e penso que poderei aproveitá-las ao máximo, também porque haverá mais espaço na Alpecin".

"Penso que é uma equipa que se dedica realmente a um determinado tipo de corrida, com dois ou três ciclistas acima dos restantes: Van der Poel, Jasper Philipsen e Kaden Groves. Mas, por outro lado, não há muitas super-estrelas e é por isso que existe o espaço certo para nós, os jovens, crescermos e termos as nossas oportunidades", concluiu.