O patrão da Lotto Dsnty admite estar preocupado com a forma de Arnaud De Lie: "Não sei em que é que ele está metido"

Arnaud De Lie chegou a 2024 com muitas esperanças e expectativas em cima dos ombros. Infelizmente, esta campanha nas Clássicas da primavera não correu como planeado para o belga, que terminou num decepcionante 90º lugar este domingo à tarde na Gent Wevelgem;

O dia começou mal para De Lie, com uma queda prematura a dar o mote. "Ele caiu sozinho", explicou o CEO da Lotto Dstny, Stéphane Heulot, ao Het Nieuwsblad após a corrida. "Como é que isso aconteceu? Falta de concentração? Má sorte? Os danos físicos não foram muito maus. Não parecia haver muito a fazer. Ele voltou a montar na bicicleta quase de imediato, mas a sua confiança sofreu um grande golpe."

Leia também

Tadej Pogacar vence a sua quarta etapa na Catalunha e destaca um colega: "O João Almeida impôs um ritmo muito bom na subida"

Como mencionado, De Lie chegou a esta campanha das Clássicas da Flandres como uma das grandes esperanças belgas. No entanto, o 10º lugar na Omloop Het Nieuwsblad, o DNF em Le Samyn, o 51º lugar na E3 Saxo Classic e este último desempenho suscitam preocupações à Lotto Dstny e a Heulot. "Continuar a correr desta forma não lhe vai trazer nenhum benefício. Esta semana vamos sentar-nos com ele, avaliar tudo e ver o que é melhor para ele. Vamos rever o seu calendário. Ainda não sei em que é que ele está metido. Ele precisa de poder desanuviar a cabeça".

"Trata-se mais de uma questão mental do que física", conclui Heulot. "As clássicas que ele ambicionava já acabaram e isto é uma desilusão, mas não nos vamos esconder atrás de nada. Isto não é fácil, muito menos para o próprio Arnaud. Compreendo que as coisas estejam a correr menos bem e que esteja a perder a confiança. Vamos enfrentar isto como uma equipa. Este ano ainda não vimos o verdadeiro Arnaud. Temos de o encontrar e vamos encontrá-lo".

Leia também

Mathieu van der Poel elogia a vitória de Mads Pedersen após Gent Wevelgem: "O ciclista mais forte ganhou hoje"

Volta à Catalunha: João Almeida esteve perto, mas foi Tadej Pogacar quem venceu no circuito de Montjuic