"O próximo Eddy Merckx" - Horner impressionado com a vitória de Tadej Pogacar na Lombardia

Ciclismo
domingo, 12 outubro 2025 a 20:30
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Tadej Pogacar transformou a Il Lombardia numa formalidade, e o comentário de Chris Horner capturou tanto o cenário como a inevitabilidade de mais uma vitória do esloveno. "Esta é a última e derradeira das cinco corridas do Monumento para a época de 2025", começou Horner, enquadrando o dia e as suas expectativas. Ele definiu o clima da corrida como só alguém que a viveu pode fazer: "É a corrida das folhas que caem. É a mais bela dos cinco monumentos, não há dúvida nenhuma". A beleza deu lugar à realidade: "Quando se vem aqui à Lombardia, tem de se lutar contra um Pogacar, que tem quatro vitórias consecutivas aqui. Ele está a tentar chegar a cinco."
Horner sublinhou o carácter histórico do objetivo. "Nunca ninguém ganhou cinco vezes consecutivas." E o atual bicampeão do mundo chegou em grande forma para o fazer. "Sabemos que Tadej Pogacar acabou de ganhar o Campeonato do Mundo de Estrada no Ruanda", lembrou, destacando que o nível do esloveno no final da época continuava elevadíssimo. O palco estava montado; o guião, familiar.
O caos inicial deu à transmissão um brilho próprio. "Quinn Simmons está a incendiar este percurso", disse Horner, referindo-se à agressividade do americano desde a partida, sobrevivendo à confusão e moldando a corrida na frente. Deu aos espectadores um ponto de interesse enquanto o pelotão atrás, comandado pela UAE Team Emirates - XRG, acelerava o ritmo rumo à subida decisiva. Horner não poupou críticas a certas jogadas tácticas: "A Red Bull - BORA - Hansgrohe vai ajudar a UAE Team Emirates - XRG... Isto é uma jogada completamente idiota." A observação ecoou o que muitos pensavam; porquê ajudar a equipa que não precisa de ajuda quando o favorito está à espera de atacar?
Horner registou o trabalho da equipa para tornar o desfecho inevitável. "Tiro o chapéu ao Sivakov, ele pedalou cerca de 90 quilómetros na frente." O desgaste foi deliberado: reduzir a corrida até ao núcleo, preparar a aproximação a Passo di Ganda e garantir que a vitória não fosse contestada. Quando chegou o momento decisivo, Horner não teve floreados. "Agora é altura do Pogi Show." A frase do dia não era uma previsão, mas uma confirmação.
O posicionamento faz toda a diferença na Lombardia, e Horner destacou um pequeno erro revelador no início da subida. "Nunca deixaste ninguém entre ti e o Tadej Pogacar." Nessa fração de segundo, o elástico partiu-se. A matemática era simples: Pogacar na frente, distância medida, descida nos carris, e o resto apenas para calcular os lugares menores.
Horner guardou um elogio especial para Simmons, cujo esforço ao longo do dia mereceu reconhecimento quando Pogacar atacou. "Foi uma atitude notável", disse, transformando o risco inicial do americano numa demonstração de coragem e pernas num Monumento, mesmo que não fosse suficiente para a vitória.
A conclusão nunca foi duvidosa. "O melhor ciclista do mundo. O próximo Eddy Merckx, é seguro dizê-lo neste momento", afirmou Horner, posicionando o desempenho de Pogacar numa linhagem histórica. Na linha de chegada, acrescentou: "Parabéns pela sua quinta vitória consecutiva aqui na Il Lombardia".
O veredito final de Horner sobre a corrida e a dominação de Pogacar é claro: "Esta é uma corrida para homens da geral, não há dúvida sobre isso." A prova é longa, técnica e repleta de subidas que expõem qualquer fraqueza no ritmo, posicionamento ou nervosismo. Neste contexto, é quase impossível superar um motor vencedor do Tour com manobrabilidade de classe mundial e uma equipa treinada. Os ataques podem surgir cedo e frequentemente, as travagens podem ser heróicas, mas se Pogacar tiver espaço ou uma roda de vantagem, a Lombardia pertence a um só ciclista.
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