Como é frequentemente o caso nesta altura do ano, há sempre grandes histórias em redor da
Volta a França de 2024 e este ano não é excepção:
Mark Cavendish. A caminho da última Volta da sua lendária carreira, o "Manx Missile" tem uma última oportunidade de conquistar a histórica 35ª vitória numa etapa da corrida francesa.
Inicialmente, é claro, a Volta a França de 2023 era suposto ser o canto do cisne de Cavendish. O sprinter da
Astana Qazaqstan Team esteve perto da 35ª vitória na 7ª etapa, terminando em 2º lugar atrás de Jasper Philipsen graças, em parte, a um problema de distribuição nas últimas centenas de metros e estava a ganhar confiança antes de abandonar a corrida numa ambulância, apenas um dia depois, depois de ter partido a clavícula. Por este motivo, "Cav" estará de volta para uma última oportunidade;
"Se as próximas semanas correrem como planeado, tudo é possível na Volta a França", diz o treinador de Cavendish, Vasilis Anastopoulos, com confiança e otimismo, em conversa com a
Velo. "As coisas não correram bem ao Mark durante algum tempo. Mas já ultrapassámos isso. A confiança está lá para o Mark e para toda a equipa".
"Não vou dar quaisquer hipóteses ou previsões. Não posso dizer se uma vitória numa etapa é 60 ou 70 por cento ou o que quer que seja", continua Anastopoulos. "Mas sei que ele está de novo no bom caminho e que ele e toda a equipa estão empenhados neste objetivo da Volta a França. Se o Mark chegar à Volta com saúde e nas condições que esperamos de acordo com o plano, tudo é possível. Porque não?"
Como referido por Anastopoulos, Cavendish teve uma primavera algo azarada, uma vez que foi afectado por uma doença no início da época. No entanto, Cavendish recuperou a confinaça com uma vitória numa etapa da recente Volta à Hungria e está atualmente a trabalhar na Volta à Suiça: "É preciso usar toda a nossa experiência para uma corrida tão dura como o Tour. É preciso tomar decisões nos momentos certos, perceber como utilizar a energia durante as etapas, como não ficar stressado com toda a corrida. Algumas dessas aprendizagens só surgem com o tempo."
E é o facto de Cavendish já ter estado lá e ter feito isso vezes sem conta que vai dar ao britânico uma boa posição este verão. Anastopoulos acredita: "OK, o Mark já é velho, tem 39 anos. Mas a experiência que ele tem e que o Michael Morkov tem, não fica atrás de ninguém. E isso é uma grande vantagem em relação aos outros", conclui Anastopoulos. "Nenhum dos outros sprinters da Volta a França consegue iguala-los."