"O Vingegaard não parecia estar a passar muito bem, mas eu também não" João Almeida sobre a falta de ataques para o El Morredero

Ciclismo
quinta-feira, 11 setembro 2025 a 14:29
JoaoAlmeida (2)
A Volta a Espanha 2025 aproxima-se da reta final e a 17ª etapa, com chegada ao Alto de El Morredero, terminou sem grandes sobressaltos. Ao contrário do caos vivido dias antes, não houve protestos e os favoritos cruzaram a meta sem incidentes. O desfecho, contudo, ficou marcado pela ausência de um duelo direto entre Jonas Vingegaard e João Almeida, como se ambos tivessem acordado um cessar-fogo tácito.
A televisão chegou mesmo a captar os dois candidatos à Camisola Vermelha a conversar nos quilómetros decisivos da subida. Nem o dinamarquês tentou desgastar o rival, nem o português mostrou energia para forçar diferenças. No final, os homens da geral chegaram agrupados, com alguns a disputar um pequeno sprint pelas bonificações.
Tudo fica, assim, em aberto para o contrarrelógio individual de Valladolid, onde João Almeida parte a 50 segundos de Vingegaard. Será aí que o português da UAE Team Emirates - XRG tentará virar a classificação e sonhar com a vitória final em Madrid.
João Almeida e Jonas Vingegaard não se atacaram no El Morredero
João Almeida e Jonas Vingegaard não se atacaram no El Morredero
Após a etapa, Almeida explicou o que sentiu no Morredero: “Não estou desiludido com o que aconteceu, estou cansado como toda a gente. Falta menos um dia para Madrid.”
O português também detalhou como o vento condicionou as movimentações: “A subida foi muito dura na primeira parte e na segunda parte havia muito vento, por isso ninguém quis atacar. No final, chegámos quase todos juntos à meta e alguns fizeram um sprint melhor do que outros.”
Já sobre o ataque de Jai Hindley, a 7 km do fim, que Vingegaard tentou seguir, Almeida esclareceu a sua escolha: “Eu sabia que eles não iam conseguir manter o ritmo forte que tinham metido e eu meti o meu próprio ritmo. Sabia que ia recolar. A subida foi muito dura. Após começar e passado algum tempo estávamos sozinhos. Mas isso não ia mudar nada. O Vingegaard não parecia estar a passar muito bem, mas eu também não. Estávamos mais ou menos iguais.”
No final, questionado sobre o que espera do contrarrelógio de amanhã, Almeida respondeu com humor e realismo: “Não tenho uma bola mágica, não sei. O passado não nos dá garantias, temos de ter pernas fortes amanhã.”
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