Organização do Tour lança apelo aos adeptos para a terceira semana da corrida: "Não façam nenhuma estupidez"

Ciclismo
terça-feira, 22 julho 2025 a 13:00
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À medida que a Volta a França de 2025 entra no seu bloco mais exigente, com o Mont Ventoux no horizonte e os Alpes à espreita, os organizadores da corrida estão a reforçar um apelo claro e direto aos adeptos: comportem-se com responsabilidade. A emoção do momento não pode sobrepor-se à segurança dos ciclistas, nem comprometer o desenrolar da prova.
Com milhares de pessoas a deslocarem-se para os locais emblemáticos da prova, sobretudo nas etapas de montanha, a tensão cresce não apenas nas pernas dos corredores, mas também nas margens da estrada. E é precisamente aí que os organizadores veem sinais preocupantes.
“Não façam nenhuma estupidez” - Esta é a mensagem clara lançada esta semana pelas autoridades da corrida. Um aviso sem rodeios, destinado a todos os que planeiam assistir à prova ao vivo, especialmente nas subidas estreitas e inclinadas onde o espaço é escasso e o risco é elevado.
O historial recente justifica o tom. Há poucos dias, um adepto mal posicionado foi atropelado por um carro da equipa INEOS, num incidente que poderia ter tido consequências bem mais graves. Não foi o primeiro caso do género — e é isso que a organização quer evitar a todo o custo.

Regras simples, mas cruciais

O Tour reforça cinco regras básicas para garantir que a festa do ciclismo não se transforma num pesadelo:
  • Não tocar nos ciclistas. Mesmo um gesto aparentemente inofensivo pode desequilibrar quem pedala no limite.
  • Não acender tochas. O fumo compromete a visibilidade e pode causar quedas, como já se viu noutras edições.
  • Não aproximar telemóveis da cara dos ciclistas. O fenómeno das selfies pode ser fatal quando feito a escassos centímetros de quem sobe a 10 km/h.
  • Não entrar na trajetória da corrida. A estrada é dos ciclistas, não de quem a atravessa em busca de protagonismo.
  • Evitar bandeiras mal colocadas. Panos que se soltam ou escondem obstáculos já provocaram quedas com impacto direto na corrida.
São recomendações simples, mas essenciais para que a prova decorra com normalidade. Basta um momento de distração (ou de ego) para que uma etapa histórica acabe com ciclistas no chão e ambulâncias na estrada.

Mont Ventoux e fim de semana decisivo

O alerta ganha ainda mais peso com o regresso do Mont Ventoux ao Tour, cenário de fervor popular, paixão sem limites... e caos, por vezes. As imagens de espectadores em euforia excessiva nesta subida lendária fazem parte do imaginário do ciclismo moderno, mas também dos seus piores episódios. Por isso, a mensagem não poderia ser mais direta: este entusiasmo tem de ter limites.
Com mais duas etapas alpinas e a chegada final em Paris a fechar a corrida, o apelo é reiterado com urgência. Não é apenas uma questão de respeito pelos ciclistas, é uma questão de segurança, de desportivismo e de decência.
O Tour é dos fãs, mas também e sobretudo de quem o corre. Que o espetáculo seja inesquecível, pelas melhores razões.
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