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Volta a França é uma das competições mais exigentes do ciclismo, especialmente quando o ciclista está tem alguma lesão, por mais pequena que seja. Foi o que aconteceu a
Jordi Meeus, da
Red Bull - BORA - Hansgrohe, que, apesar de ter sofrido lesões graves logo nos primeiros dias da corrida, não desistiu e continuou a lutar por vitórias em etapas.
O incidente ocorreu na 3ª etapa, durante uma queda que também envolveu Remco Evenepoel. Enquanto os sprinters e outros ciclistas se posicionavam para o final da etapa em Dunquerque, Meeus acabou por cair e ser atingido por vários ciclistas que foram ao chão de seguida.
"Três bicicletas bateram-me com as rodas da frente. Uma caiu em cima de mim. As outras duas já estavam a travar e pararam contra mim",
contou o belga ao Het Laatste Nieuws. "Felizmente, ao fim de quatro dias, tudo melhorou. Exceto os meus joelhos, que estavam completamente desgastados. Sempre que esticava a perna, sentia tensão na pele e tinha muitas dores. O nervo não está morto, mas está danificado".
Apesar de ter cruzado a linha de meta com dores e nódoas negras, Meeus manteve-se firme e continuou na corrida. "A partir do momento em que subimos para a bicicleta, pensamos: 'Merda, mais meia hora para tomar banho'. É a parte mais dolorosa do dia. Passo cerca de duas horas por dia a tomar duche e a tratar das feridas".
Meeus teve um forte apoio da equipa e, na 17ª etapa, esteve muito perto de conquistar uma vitória, terminando em segundo lugar, apenas atrás de Jonathan Milan, naquele que foi o último sprint em grande grupo da corrida. No entanto, mais de duas semanas após o término da Grand Boucle, o ciclista ainda não recuperou completamente das lesões.
Embora não seja ele a tratar das ligaduras, Meeus explica como ele e a equipa geriram o seu estado de saúde durante a competição: "Depois tento, o melhor que posso, deixar as ligaduras no duche. O médico tira-as mais tarde e limpa as feridas. Num dia quente, os adesivos soltam-se por causa do suor do corpo. Então, tenho de tomar um duche com muito cuidado. As feridas têm de estar muito bem tapadas, senão não resulta".