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GP de Montréal 2025, marcado para 14 de setembro, encerra o duplo programa das Clássicas canadianas do World Tour e serve de aperitivo para o percurso que será utilizado no Campeonato do Mundo de 2026, com
Tadej Pogacar como grande figura de cartaz. A corrida arranca às 15h15 e deverá terminar por volta das 20h45.
O pelotão enfrentará 18 voltas ao circuito de Mont-Royal, totalizando 213,5 quilómetros e mais de 3800 metros de desnível acumulado. É um traçado mais longo e mais duro do que o do GP do Quebeque, com um ritmo marcado por sucessivos ataques e corrida agressiva. O
perfil do circuito é compacto e explosivo, obrigando os ciclistas a repetirem subidas curtas e íngremes, separadas por descidas rápidas.
Perfil: Montréal - Montréal
Montréal - Montréal, 213,5 quilómetros
Logo no arranque de cada volta surge a grande dificuldade: a Côte de Camilien-Houde, com 2,2 quilómetros a 6,5% de inclinação média, que termina a cerca de 10 quilómetros da meta. Esta é a subida mais dura e o ponto ideal para movimentos ofensivos.
Segue-se uma descida veloz antes da Côte de Polytechnique, com 800 metros a 4,9% de média – mas rampas que chegam aos 10% – situada a 6 quilómetros do final. Já a 3 quilómetros da meta, os ciclistas enfrentam a curta mas exigente Côte Pagnuelo, com 500 metros a 7,5% de inclinação média.
Estas três ascensões, curtas mas explosivas, prometem provocar seleções importantes e abrir espaço para ataques decisivos. Após a última subida, os ciclistas regressam rapidamente à avenida onde se decide a corrida. O final não será um sprint tradicional: os últimos 600 metros apresentam 4% de inclinação, um detalhe que pode baralhar as contas dos sprinters e favorecer os puncheurs mais resistentes.
Circuito do GP de Montréal
Favoritos
Tadej Pogacar - Algumas coisas a salientar. Primeiro, no Quebeque a equipa deu liberdade a toda a gente, não trabalhou para Pogacar e por causa disso não ganhou a corrida. Segundo, Pogacar vai estar ao seu nível habitual em Montreal e certamente ninguém conseguirá responder aos ataques dele. E por último, o alinhamento da UAE é tão forte que parece que os seus maiores rivais serão os seus próprios companheiros de equipa. Jhonatan Narváez pode certamente vencer a corrida se lhe for dada liberdade. Adam Yates esteve muito bem no Quebeque e já ganhou esta corrida anteriormente. Pavel Sivakov foi segundo na sexta feira e esta corrida assenta-lhe muito melhor, e Tim Wellens está mais forte do que nunca e é um especialista nestas clássicas acidentadas. Juntemos a tudo isto Brandon McNulty que venceu a Volta à Polónia e tem estado em excelente forma recentemente.
Trepadores - São os ciclistas mais talhados para esta corrida, mas deverá depender muito de como se sintam. Mattias Skjelmose é um candidato se já estiver recuperado da sua queda na Maryland Cycling Classic. Afonso Eulálio está em grande forma. Ciclistas como Pello Bilbao, Tobias Haaland Johannessen, Oscar Onley, Tiesj Benoot e Simon Yates são outros nomes a ter em conta.
Especialistas em clássicas - Temos duas categorias distintas: aqueles que vão querer um final ao sprint e aqueles que simplesmente se superam em subidas curtas e explosivas. Poderão certamente haver alianças entre algumas equipas como geralmente acontece no Quebeque, como por exemplo Wout van Aert da Visma, Michael Matthews da Jayco, Corbin Strong da Israel, Arnaud de Lie da Lotto e Biniam Girmay da Intermarché. Não, isto não os coloca numa posição favorável para vencer a corrida, mas permitirá que tenham um maior controlo até à volta final, com alguns destes ciclistas a lutarem pelo Top 10. Dorian Godon, Axel Laurance e Alex Aranburu também quererão ter um desfecho semelhante se quiserem ter hipóteses de lutar por um Top 10.
Teremos também alguns puncheurs em boa forma que poderão obter bons resultados, sendo Julian Alaphilippe o caso mais óbvio. Além dele, poderemos certamente contar com Paul Lapeira, Roger Adrià, Jan Tratnik, Matej Mohoric, Fred Wright, Jonas Abrahamsen, Riley Sheehan, Quinn Simmons, Quinten Hermans, Gianni Vermeersch, Mauro Schmid, Louis Barré, Neilson Powless, Alberto Bettiol, Anthon Charmig, Simone Velasco e Valentin Madouas.
Previsão do GP de Montreal 2025:
*** Tadej Pogacar
** Mattias Skjelmose, Jhonatan Narváez
* Afonso Eulálio, Oscar Onley, Tiesj Benoot, Paul Lapeira, Jonas Abrahamsen, Michael Matthews, Alberto Bettiol, Arnaud de Lie, Wout van Aert, Julian Alaphilippe, Adam Yates, Pavel Sivakov, Tim Wellens
Escolha: Tadej Pogacar
Cenário previsto: Vitória a solo.
Original: Rúben Silva