De 9 de maio a 1 de junho, o mundo do ciclismo estará atento aos ecrãs para assistir à primeira Grande Volta da época: a Volta à Itália. Da Albânia à passagem pelos paralelos da etapa em Siena, com destino aos Alpes e às grandes altitudes, a corrida promete espetáculo em todos os terrenos. Analisamos o percurso e o
perfil das etapas.
O Giro contará com as habituais 21 etapas. As três primeiras serão disputadas na Albânia, a estreia do país como anfitrião de uma Grande Volta. Depois de uma curta travessia marítima, a corrida regressa a solo italiano e avança pelo centro e norte do país, com cidades como Nápoles, Siena e Pisa a acolherem chegadas ou partidas. A definição da geral acontecerá nos Alpes, com uma sequência variada de etapas de alta montanha.
Etapa 1
Durazzo a Tirana, 160 km
Primeira etapa com perfil irregular. Três subidas categorizadas, incluindo duas passagens pela subida de Surrel (6,9 km a 4,6%), com uma rampa de 13% na parte final. O topo está a 11 km da meta, antecedendo uma descida técnica. Ideal para puncheurs e ataques tardios.
Durazzo - Tirana, 160 quilómetros
Etapa 2 (CRI)
Tirana a Tirana, 13,7 km
Contrarrelógio curto e explosivo, com uma subida de 1,5 km a 4,9% a meio do percurso. Descida rápida e zonas técnicas. Um teste interessante para se verem as primeiras diferenças na geral e para vermos um novo camisola rosa.
Tirana - Tirana, 13,7 quilómetros
Etapa 3
Valona a Valona, 160 km
Etapa com perfil acidentado e final em terreno montanhoso. A subida para Qafa e Llogarasë (10,6 km a 7,3%) pode ser decisiva. A chegada, após descida e zona plana, deve ser disputada por um grupo reduzido ou ser vencida a partir de uma fuga.
Valona - Valona, 160 quilómetros
Etapa 4
Alberobello a Lecce, 189 km
Primeiro dia claramente favorável aos sprinters. Trajeto plano, com circuito final em Lecce. Sprint técnico, com curvas nos últimos metros.
Alberobello - Lecce, 189 quilómetros
Etapa 5
Ceglie Messapica a Matera, 151 km
Final em subida suave, com terreno ondulado nos últimos 30 km. A subida de Montescaglioso (2,9 km a 8,3%) poderá eliminar alguns sprinters. O sprint final será ligeiramente a subir.
Ceglie Messapica - Matera, 151 quilómetros
Etapa 6
Potenza a Nápoles, 227 km
Etapa longa e exigente, com 2500 metros de desnível acumulado. Últimos 80 km mais acessíveis, mas o desgaste pode condicionar os sprinters. Final plano junto ao mar.
Potenza - Nápoles, 227 quilómetros
Etapa 7
Castel di Sangro a Tagliacozzo, 168 km
Primeira chegada em alto. Etapa ondulada com subida final de 12 km a 5,5%, com os últimos 2 km a 10%. Primeiro grande teste para os candidatos à geral.
Castel di Sangro - Tagliacozzo, 168 quilómetros
Etapa 8
Giulianova a Castelraimondo, 197 km
Jornada tipo clássica, com 3700 m de desnível e várias subidas curtas. A fuga pode vingar. Sassotetto (13 km a mais de 7%) é o maior desafio, mas longe da meta. Final técnico com rampas curtas.
Giulianova - Castelraimondo, 197 quilómetros
Etapa 9
Gubbio a Siena, 181 km
Etapa ao estilo Strade Bianche, com 30 km percorridos em setores de gravilha. Subidas curtas e explosivas. Final na Via Santa Caterina e chegada na Piazza del Campo. Dia decisivo antes do descanso.
Gubbio - Siena, 181 quilómetros
Etapa 10 (CRI)
Lucca a Pisa, 28,6 km
Contrarrelógio plano e rápido, com algumas zonas técnicas. Pode criar diferenças importantes entre os especialistas.
Lucca - Pisa, 28,6 quilómetros
Etapa 11
Viareggio a Castelnuovo Ne Monti, 186 km
Etapa montanhosa com o San Pellegrino in Alpe (14 km a 8%). Últimos 6 km técnicos, com subida final de 5,8 km a 5,8%. Pode ser dia para fuga ou para movimentações na geral.
Viareggio - Castelnuovo Ne Monti, 186 quilómetros
Etapa 12
Modena a Viadana, 172 km
Dia para os sprinters. Percurso plano, com curva técnica a 350 metros da meta. Sprint veloz e exigente em posicionamento.
Modena - Viadana, 172 quilómetros
Etapa 13
Rovigo a Vicenza (Monte Berico), 180 km
Etapa para puncheurs e especialistas em clássicas. Subidas curtas e explosivas, com final no Monte Berico (800 m a 8%). Possíveis diferenças na geral.
Rovigo - Vicenza (Monte Berico), 180 quilómetros
Etapa 14
Treviso a Nova Gorica, 195 km
Etapa maioritariamente plana com circuito final técnico e subida de 700 m a 7% repetida duas vezes. Pode haver sprint desorganizado ou ataque tardio.
Treviso - Nova Gorica, 195 quilómetros
Etapa 15
Fiume Veneto a Asiago, 219 km
Etapa de resistência com o Monte Grappa (25 km a 5,7%) e final em subida para Dori (16,6 km a 5,3%). Últimos 20 km em terreno ondulado. Pode haver movimentações táticas.
Fiume Veneto - Asiago, 219 quilómetros
Etapa 16
Piazzola sul Brenta a Brentonico (San Valentino), 203 km
Etapa duríssima com 4700 m de desnível. Santa Bárbara (12,7 km a 8,3%) e San Valentino (17 km a 6,5%) serão decisivos. Dia-chave para os trepadores.
Piazzola sul Brenta - Brentonico (San Valentino), 203 quilómetros
Etapa 17
San Michele all'Adige a Bormio, 155 km
Etapa curta e explosiva com Tonale (14,8 km a 6,2%) e Mortirolo (12,8 km a 7,6%). Final em subida curta (3 km a 8%) e parte final mista. Dia técnico e propício a ataques.
San Michele all'Adige - Bormio, 155 quilómetros
Etapa 18
Morbegno a Cesano Maderno, 144 km
Última oportunidade para os sprinters. Perfil com subidas no início, mas final plano. Fuga é possível, mas o sprint é provável.
Morbegno - Cesano Maderno, 144 quilómetros
Etapa 19
Biella a Champoluc, 166 km
Dia de alta montanha no Vale de Aosta. Col Tzecore, Saint-Pantaléon e Col de Joux (todos com cerca de 16 km a 7%). Final em subida até Antagnod, depois descida até à meta. Etapa para fazer diferenças.
Biella - Champoluc, 166 quilómetros
Etapa 20
Verres a Sestriere, 205 km
Etapa rainha. 4400 m de desnível, com Colle del Lys, Colle delle Finestre (18 km a 9%, 7 km em gravilha) e final em Sestriere (16 km a 5%). Pode decidir a geral.
Verres - Sestriere, 205 quilómetros
Etapa 21
Roma a Roma, 143 km
Etapa final e festiva em Roma. Circuito urbano técnico, ideal para um último sprint e consagração dos vencedores.
Roma - Roma, 143 quilómetros