Pogacar assina primavera histórica, mas admite que repetir o feito será difícil

Ciclismo
segunda-feira, 28 abril 2025 a 12:41
pogacar
Tadej Pogacar foi, sem margem para dúvidas, a grande estrela da primavera de 2025. Com triunfos na Volta à Flandres, Liege-Bastogne-Liege, Strade Bianche e UAE Tour, além de atuações de destaque na Milan-Sanremo e na Paris-Roubaix, o esloveno protagonizou uma campanha verdadeiramente histórica.
Ontem, ao vencer em Liege, Pogacar tornou-se o primeiro ciclista da história a terminar no pódio em seis Monumentos consecutivos. De forma simbólica, foi também o único ciclista a competir em todos os Monumentos desta primavera, concluindo no pódio de cada um.
Apesar do domínio, o próprio reconhece que foi um percurso exigente. "A campanha das Clássicas foi dura. Não vou mentir sobre isso. Houve altos e baixos, mas, felizmente, a Bélgica brindou-nos com bom tempo", afirmou ao Wielerflits. "Isso tornou mais fácil ficar por aqui tanto tempo. A cada corrida que se aproximava de Liège, sentia-me cada vez melhor. Estou muito feliz e, como equipa, podemos estar orgulhosos do que mostrámos."
Com o triunfo em La Doyenne, Pogacar alcançou o seu nono Monumento, igualando Sean Kelly — que só conquistou o primeiro aos 27 anos —, enquanto o esloveno conta apenas 26. No panorama histórico, apenas Eddy Merckx (19 Monumentos) e Roger De Vlaeminck (11) estão à sua frente.
Sobre os recordes, Pogacar mantém a humildade: "Perguntam-me muitas vezes sobre isso, mas não estou aqui para escrever um livro de história. Apenas gosto de correr e estou, modestamente, feliz por ser tão bom nisto. Tento divertir-me e não pensar demasiado noutras coisas."
Embora tenha falhado a vitória na Milan-Sanremo e na Volta à Flandres — as duas provas que ainda lhe escapam —, terminou no pódio em ambas e mostrou o seu melhor nível em praticamente todas as corridas. "Nunca esperei ser capaz de fazer o que fiz. Tive a oportunidade de viver momentos muito especiais nesta primavera. Foi o período perfeito para os Clássicos. Estou muito feliz."
No entanto, repetir esta sequência noutras temporadas será um desafio. "Depende dos Grandes Voltas que se fazem. Se correr o Giro, torna-se muito mais difícil fazer uma primavera como esta. Se fosse agora para o Giro, talvez tivesse de abandonar a corrida ao fim de uma semana", explicou.
A gestão de calendário é, portanto, essencial. "Em dezembro, analisamos sempre o nosso programa: onde descansar, onde tirar férias, para evitar o esgotamento. Para mim, será difícil repetir o que fiz nesta primavera. Vou fazer um reset e preparar-me para o verão", concluiu.
aplausos 0visitantes 0
Escreva um comentário

Últimas notícias

Notícias populares

Últimos Comentarios