A rivalidade entre
Tadej Pogacar e
Jonas Vingegaard é, sem dúvida, o confronto que define a atual geração do ciclismo. No entanto, para lá das batalhas épicas na Volta a França, os dois são opostos enquanto ciclistas — um contraste que ficou ainda mais evidente com a recente confirmação da estreia de Pogacar no Paris-Roubaix em 2025, feita pela UAE Team Emirates – XRG.
Quem o diz é
Bjarne Riis, vencedor da Volta a França em 1996 e compatriota de Vingegaard, em declarações ao
Feltet.dk: “Sem dúvida, é um ótimo exemplo. Mas o problema é que os comparamos demasiado. O Tadej corre porque gosta. O Jonas opta por não o fazer, porque isso perturbaria a sua preparação.”
Pogacar e o desafio dos paralelos
A entrada de Pogacar nos paralelos do Inferno do Norte marca um feito raro: será o primeiro vencedor da Volta a França a competir no Paris-Roubaix desde Greg LeMond, em 1991. Um dado que reforça o caráter excecional do esloveno enquanto corredor completo.
Apesar da admiração pelo estilo versátil de Pogacar, Riis sublinha que isso não deve ser usado para diminuir o mérito de Vingegaard:
“Não estou a dizer que o Jonas deva correr a Roubaix — provavelmente nem o aconselharia a isso. Mas ele ainda pode brilhar nas Ardenas, por exemplo.”
Poderá Pogacar vencer o Paris-Roubaix?
A pergunta surge inevitavelmente: será que Pogacar pode mesmo vencer o Paris-Roubaix? Nada parece fora de alcance para o campeão do mundo, embora corridas como a Milan-Sanremo tenham-se revelado um desafio persistente.
“É difícil dizer. Roubaix é uma corrida especial”, reflete Riis.
“Mas tenho muito respeito e tiro-lhe o chapéu por tentar. É uma prova com muitas armadilhas, onde o azar pode surgir a qualquer momento. É muito exigente do ponto de vista técnico. Mas ele sente-se forte nos paralelos — é por isso que está a correr.”
“E ele é uma fera, de facto. Estabeleceu objetivos ambiciosos e quer cumpri-los. É fantástico ver isso. Tenho muito respeito por ele.”