Primoz Roglic admite não estar no seu melhor neste início de Volta a França 2025: "Se estivesse, andava na frente só com uma perna"

Primoz Roglic voltou a sair penalizado no final da etapa 4 da Volta a França 2025, somando mais uma perda de tempo num arranque de prova que tem sido tudo menos positivo para o esloveno. Pela terceira vez em quatro dias, o líder da Red Bull - BORA - Hansgrohe não conseguiu seguir os ataques dos rivais nos momentos decisivos e, com isso, aumentou a desvantagem face a Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar para 1:27.

Ainda assim, o tom de Roglic não foi o de alarme. Em declarações à ITV Sport enquanto recuperava nos rolos após a chegada, o esloveno mostrou-se pragmático quanto à sua condição: "Sim, exatamente", respondeu com um sorriso, quando questionado se ainda estava a trabalhar a forma para o resto do Tour. "Como eu disse, para mim foi bastante difícil. Para ser honesto, chegar aqui com este início complicado..."

Roglic chega ao Tour ainda a recuperar das mazelas deixadas pelo abandono precoce na Volta à Itália, onde múltiplas quedas minaram a sua prestação. E essa fragilidade ainda se sente. "Se eu estivesse no meu melhor, andava na frente só com uma perna!", gracejou. "Mas neste momento estou a sofrer muito. Quero sempre ganhar, claro, mas neste caso não me importo com as diferenças de tempo. Deixo tudo na estrada dia após dia e, sim, veremos o que isso significa no final."

A abordagem de Roglic parece clara: paciência, gestão e esperança numa segunda metade de corrida mais favorável. Embora ainda sem capacidade para rivalizar com Pogacar e Vingegaard nas fases mais explosivas, o veterano continua a resistir sem entrar em pânico.

Apesar de a corrida já ter ficado marcada por numerosas quedas nas primeiras jornadas, Roglic tem conseguido evitar os azares (algo que por si só é bastante impressionante tendo em conta o vasto historial do esloveno no que diz respeito a quedas). "Mas não digas isso muito alto!", brincou, quando confrontado com esse dado. "Temos de ficar calados (para não azarar), mas de certeza que seria bom voltar a Paris, não? Há muito tempo que não chego lá"

O contrarrelógio da etapa 5 promete clarificar a classificação geral. Para Roglic, poderá representar uma oportunidade de estabilizar a sua posição e reentrar gradualmente na discussão pela geral, mesmo que, por agora, o discurso continue centrado em resistir e não em atacar a corrida.