Primoz Roglic e Juan Ayuso perdem muito tempo e Kasper Asgreen vence isolado a caótica 14ª etapa da Volta a Itália

Ciclismo
domingo, 25 maio 2025 a 00:20
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A etapa 14 da Volta a Itália 2025, que prometia um sprint em pelotão compacto entre Treviso e Nova Gorica, acabou por ser marcada por uma fuga bem-sucedida, uma queda coletiva e importantes mexidas na classificação geral. Kasper Asgreen (EF Education-EasyPost) tirou partido da confusão e, com um golpe de sorte nos quilómetros finais, conquistou uma vitória solitária numa etapa em que os principais nomes da geral viram as suas ambições abaladas.
Apesar do perfil maioritariamente plano, o início da jornada foi marcado por uma longa luta para a formação da fuga. Quando finalmente o elástico partiu, apenas quatro homens se destacaram: Kasper Asgreen, Clément Davy (Groupama-FDJ), Mirco Maestri (Polti-Kometa) e Martin Marcellusi (VF Group-Bardiani). Com colaboração eficiente e ritmo elevado, o quarteto manteve uma vantagem constante de cerca de dois minutos, controlada ao longo do dia pelo pelotão, que visava um final massivo.
No entanto, à entrada no território esloveno, já nos últimos 45 quilómetros, a corrida endureceu. A subida de quarta categoria em Goniace começou a selecionar os fugitivos, com Davy a ceder. O pelotão aproximava-se, mas a tensão acumulada no técnico circuito final, com curvas apertadas e paralelos traiçoeiros, preparava o terreno para o caos.
Com menos de 25 km para o final, uma queda coletiva fraturou o grupo principal. Entre os envolvidos ou retardados estavam nomes importantes da geral, como Juan Ayuso, Primoz Roglic, Egan Bernal, Giulio Ciccone e Antonio Tiberi. A fuga, que parecia prestes a ser absorvida, aproveitou a desorganização atrás e relançou as esperanças de discutir a etapa.
Kasper Asgreen, percebendo o momento, lançou-se a solo a 5 km da meta, largando os restantes companheiros de fuga com uma aceleração autoritária. O dinamarquês, ex-campeão nacional de contrarrelógio, utilizou o seu motor a diesel para manter a vantagem contra um pelotão desmembrado, sem organização para a perseguição.
No grupo dos favoritos, o Camisola Rosa Isaac Del Toro manteve-se na dianteira, protegido e apoiado por uma UAE Team Emirates – XRG que voltou a demonstrar força coletiva. O mexicano, sempre atento, foi dos poucos candidatos a manter-se no grupo da frente, limitando as perdas.
Mads Pedersen, visivelmente frustrado por ter sido batido por Dries De Bondt nos sprints intermédios, também ficou envolvido no caos e não teve oportunidade de disputar mais uma etapa.
A classificação geral sofreu danos significativos. Antonio Tiberi, terceiro à partida da etapa, foi o maior penalizado, perdendo mais de 40 segundos para Del Toro. Roglic e Ayuso também cederam segundos importantes, e a aproximação das etapas de alta montanha promete trazer ainda mais fogo de artifício.
A vitória de Asgreen, a sua primeira em Grandes Voltas desde o Tour de 2021, foi um prémio justo para uma aposta ousada, executada com mestria. Enquanto uns venceram com inteligência, outros voltaram a sair da etapa com mais perguntas do que respostas.

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