Quinn Simmons garante o top 10 do Campeonato do Mundo e admite que "se alguém está surpreendido com o facto de Pogacar ter ganho esta corrida, então acho que não acompanha o ciclismo"

segunda-feira, 30 setembro 2024 a 17:45

É compreensível que todas as manchetes pós-Campeonato do Mundo de Estrada 2024 estejam centradas na prestação de Tadej Pogacar, que atacou a pouco mais de 100 km da meta, a caminho da sua primeira Camisola Arco-Íris de sempre. No entanto, um pouco perdido no meio da confusão, está o desempenho muito forte do jovem de 23 anos Quinn Simmons, dos Estados Unidos.

Com um perigoso grupo da frente a quase dois minutos da meta (onde estava incluido o ciclista português Rui Oliveira), Tadej Pogacar decidiu assumir ele próprio a perseguição à frente da corrida, atacando a partir do pelotão a pouco mais de 100 quilómetros do fim para nunca mais ter sido alcançado. Apesar de Quinn Simmons e Andrea Bagioli terem tentado segui-lo, foram rapidamente deixados para trás quando Pogacar se juntou ao compatriota Jan Tratnik que tinha descaído do grupo da frente. Embora a natureza da vitória de Pogacar tenha sido uma surpresa, o resultado final não chocou Simmons.

"Se alguém está surpreendido com o facto de Pogacar ter ganho esta corrida, então acho que não acompanha o ciclismo", declarou o antigo campeão nacional dos Estados Unidos, Quinn Simmons, após a chegada. "Hoje gastei 7000 quilojoules (aproximadamente 1670 quilocalorias), por isso digam-me se a corrida foi difícil. O meu colega de equipa Matteo Jorgenson disse-me, antes da corrida, que tentou seguir Pogacar uma vez e disse que 'quando te aproximas demasiado do sol ficas queimado', e hoje fiquei eu queimado".

No entanto, um 9º lugar numa corrida com alguns dos maiores e melhores ciclistas que o pelotão atual tem para oferecer é um resultado mais do que meritório para o jovem ciclista da Lidl - Trek. Terminando como o americano mais bem colocado, o jovem de 23 anos pode olhar para trás com carinho para o seu desempenho em Zurique.

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