"Remco é um tipo especial... espero que possamos alcançar grandes feitos juntos" Primoz Roglic quebra o silêncio sobre Remco Evenepoel

Ciclismo
domingo, 17 agosto 2025 a 14:00
RemcoEvenepoel
O ciclismo internacional entrou em ebulição desde que foi confirmada a transferência de Remco Evenepoel para a Red Bull - BORA - Hansgrohe. Agora, Primoz Roglic, uma das grandes figuras da equipa e referência nas grandes voltas, quebrou o silêncio para falar sobre o impacto que a chegada do belga poderá ter nas ambições do conjunto alemão.
À margem do criterium de Etten-Leur, nos Países Baixos, Roglic deu a sua visão sobre o que significa partilhar a liderança com o campeão mundial e olímpico pela primeira vez, abrindo o jogo sobre a nova dinâmica que poderá moldar o futuro da Red Bull.

Respeito e ambição partilhada

"Remco é um tipo especial, já ganhou algumas grandes corridas", afirmou Roglic ao In de Leiderstrui, sublinhando o respeito que nutre pelo palmarés do belga, apesar da juventude. O esloveno, oitavo classificado na última Volta a França, conhece de perto a qualidade do corredor que agora será seu colega de equipa. "Espero que possamos alcançar grandes feitos juntos".
As palavras de Roglic surgem numa fase em que a Red Bull - BORA - Hansgrohe demonstra a ambição de dar um passo em frente: deixar de ser apenas uma equipa estruturada em torno de líderes isolados para se afirmar como verdadeira candidata a bater nomes como Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar ao longo de três semanas de competição.
No último Tour, vimos um Roglic algo avesso a trabalhar para um colega de equipa, neste caso para Lipowitz, o que podia ter custado o pódio ao alemão. Também na Vuelta 2023, não viu com bons olhos o trabalho para Sepp Kuss e viria a deixar a Visma no final desse ano
No último Tour, vimos um Roglic algo avesso a trabalhar para um colega de equipa, neste caso para Lipowitz, o que podia ter custado o pódio ao alemão. Também na Vuelta 2023, não viu com bons olhos o trabalho para Sepp Kuss e viria a deixar a Visma no final desse ano

Forças complementares

Apesar do entusiasmo, Roglic manteve um discurso cauteloso sobre o futuro imediato. "Acabámos de terminar o Tour deste ano... é demasiado cedo para tomar decisões sobre a próxima época", disse. Ainda assim, a complementaridade entre os dois é evidente: Evenepoel destaca-se pela potência explosiva e pela excelência no contrarrelógio, enquanto Roglic alia consistência, experiência e capacidade tática. Juntos, podem formar uma dupla temível.
"Temos de ver como podemos competir com esses tipos", acrescentou Roglic, numa referência direta aos dominadores da atualidade. "Mas é evidente que ainda temos algum trabalho a fazer para reduzir essa diferença".
As suas palavras refletem o desafio que a Red Bull enfrenta: transformar dois líderes de topo numa estrutura coletiva sólida, capaz de apoiar ambos e sustentar ambições de vitória em grandes voltas.

Um futuro a dois

Para Roglic, a chegada de Evenepoel significa mais do que apenas reforçar a equipa, pode redefinir também a sua própria carreira. Questionado sobre a possibilidade de partilhar a liderança no Tour 2026, o esloveno manteve-se reservado: "Se vou voltar a correr na Volta a França, ainda não sei. Primeiro as coisas mais importantes".
A resposta demonstra prudência, mas leva-nos a pensar que o esloveno pode optar por outras grandes voltas para conseguir ser líder, o que deixa implícito que a presença de Evenepoel influenciará inevitavelmente as decisões táticas, o planeamento de corridas e até a hierarquia interna.
Apesar da incerteza, o tom de Roglic foi de abertura e confiança. A admiração mútua entre ambos e a ambição de elevar a Red Bull - BORA - Hansgrohe a novos patamares parecem ser a base para uma parceria que promete marcar o futuro próximo do ciclismo mundial. Como o próprio Roglic resumiu: "Remco é um tipo especial... Espero que possamos alcançar grandes feitos juntos".
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