Renzo Oldani quer o ciclismo à imagem da Formula 1: " Podemos adaptar o 'safety car' ás necessidades da nossa modalidade"

Ciclismo
terça-feira, 03 dezembro 2024 a 22:41
giuliopellizzari

A discussão sobre a segurança nas corridas de ciclismo voltou a aquecer recentemente, mas será que há alguma coisa que possa ser feita para tornar o ciclismo mais seguro sem prejudicar a modalidade. Renzo Oldani, o organizador da corrida italiana de um dia Tre Valli Varesine (1.Pro), apresentou uma ideia que quer levar à discussão.

Oldani defende a introdução de um chamado "safety car", inspirado no da Fórmula 1. Na F1, o safety car entra normalmente na corrida quando é necessário retirar da pista partes de carros acidentados ou quando as condições climatéricas tornam a pista insegura para os pilotos.

Este ano a Tre Valli Varesine foi interrompida devido ás fortes chuvas que se faziam sentir, tendo a organização respondido ao apelo do pelotão - liderado pelo campeão mundial Tadej Pogacar - para parar a corrida e cancelá-la.

"O Romain Bardet e o Enric Mas estavam a pedalar juntos na frente da corrida e tinham passado pela descida sem problemas, mas os ciclistas estavam compreensivelmente assustados com a chuva. Um safety car poderia ter acompanhado os ciclistas a uma velocidade controlada", explica numa entrevista à Bici.pro. "A dupla poderia simplesmente ter continuado a pedalar, o que significava que aqueles dez minutos de chuva forte teriam sido monitorizados."

Oldani está ciente de que a introdução de um safety car também terá consequências para a dinâmica da corrida, uma vez que as diferenças de tempo entre, por exemplo, os fugitivos e o pelotão desaparecerão, mas continua a analisar as possibilidades. "É evidente que não podemos adoptar e introduzir a ideia na sua totalidade. Deve ser feita uma avaliação prévia, para que possamos adaptá-la às nossas necessidades."

"Mas é algo a estudar. É uma fórmula que agradaria a todos, mas primeiro temos de falar sobre ela com todos os intervenientes do ciclismo, desde a UCI às equipas e ao sindicato de ciclistas. Mas como é que se faz um percurso de mais de 200 quilómetros hoje em dia? Há que procurar outras soluções".

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