Richard Plugge, Diretor Executivo da Jumbo-Visma, admite que seria difícil a fusão com a Soudal - Quick-Step ter consequências positivas

A possível fusão entre a Jumbo-Visma e a Soudal - Quick-Step parecia quase certa num determinado momento deste outono, e foi um dos principais pontos de discussão no ano ciclístico. No entanto, Richard Plugge, Diretor da Jumbo-Visma, analisa agora o possível resultado e não acredita que fosse positivo

"Já sabíamos há algum tempo que o Jumbo se iria retirar depois de 2024 e, felizmente, tivemos tempo e oportunidade de falar com várias partes sobre a sua substituição", disse Plugge ao The Outer Line. "E uma dessas partes foi a Soudal Quick-Step. Houve conversas entre as duas equipas sobre uma fusão, mas acabou por não acontecer."

Durante várias semanas, parecia que as negociações estavam bastante avançadas e que estavam a ser feitos planos. Remco Evenepoel foi visado, mas não gostou da ideia, enquanto Yves Lampaert, por exemplo, foi um pedido específico de Wout van Aert. Nos bastidores, o trabalho continuou, mas acabou por ser cancelado. Em parte, porque Plugge diz que não havia uma boa solução para as equipas. A mítica estrutura da Quick-Step deixaria provavelmente de existir, enquanto a própria Jumbo-Visma parecia ter pouco a beneficiar de uma colossal mudança de mercado.

"Uma das razões foi que, após as nossas discussões com a UCI, chegámos à conclusão de que não havia uma boa solução para ambas as equipas; não queríamos que nenhuma equipa ficasse às escuras", concluiu. Nessa altura, chegaram a ser feitos planos para a criação de uma equipa de apoio para os ciclistas da Quick-Step de Patrick Lefevere, mas os acordos foram cancelados. As duas equipas continuam no seu formato atual e serão grandes potências que se defrontarão em 2024 - com a equipa Neerlandesa a ter um novo nome, "Visma - Lease a Bike".