A carreira de
Robert Gesink chegou ao fim na
Volta a Espanha. Um veterano de dezoito épocas no pelotão profissional, foi líder de classificações gerais e das corridas de um dia durante grande parte da sua carreira. E mesmo nos últimos capítulos da sua história no ciclismo, foi insubstituível para a Team Visma | Lease a Bike que sentirá muito a falta do seu capitão de estrada.
O diretor desportivo Addy Engels elogia o seu ciclista numa entrevista ao Algemeen Dagblad. Segundo o chefe de equipa, Gesink continua "a destruir metade do pelotão quando passava pela frente durante algum tempo. O seu nível continua a ser muito elevado. Já não é nenhum fenómeno de subida, mas também não é de descida. E vê-se que ele se diverte enquanto continua a dar tudo o que tem".
Gesink é "a base sobre a qual se constrói toda uma equipa", segundo Engels. "Um líder que não fala muito, mas diz o que tem de ser dito. Também é um guardião da cultura da equipa".
Nos seus dezoito anos de carreira profissional, Gesink venceu dezasseis vezes. No entanto,
Richard Plugge destaca o seu sexto lugar na Volta a França de 2015. "No nosso pior ano de sempre, ele salvou-nos a época com esse Tour. Nos anos mais difíceis, Robert foi o homem que se apresentou como o líder absoluto. Ele disse claramente: temos confiança na equipa, na direção. Foi um momento crucial. Ele ficou, começámos a crescer, Roglic chegou, Robert passou de líder a um dos mais importantes gregários."
O resto, como se sabe, é história. A Team Visma | Lease a Bike venceu 7 Grandes Voltas (1x Giro com Primoz Roglic, 2x Tour com Jonas Vingegaard, 3x Vuelta com Primoz Roglic e 1x Vuelta com Sepp Kuss), mas sem Robert Gesink tudo isto não teria sido possível.