Romain Bardet espera imitar Thibaut Pinot, tentanto o sucesso na classificação geral através das fugas.

Apesar da boa forma registada nas últimas semanas, Romain Bardet está consciente de que o primeiro pódio de uma Grande Volta desde a Volta a França de 2017 será uma tarefa difícil na próxima Volta a Itália. Por isso, o francês está a tentar adaptar o seu estilo e está a olhar para um compatriota para se inspirar.

"Também pode ser feito através de uma forma diferente de correr. Veja-se o caso de Thibaut Pinot no ano passado. Ele foi muito ativo nas fugas", explica Bardet em conversa com Wielerflits. Apesar de Pinot nunca ter corrido para a CG em 2023, o francês terminou em 5º lugar na geral e ganhou a camisola da montanha. "Quero tentar ganhar espaço durante este Giro, para poder jogar as minhas cartadas. Espero que isso aconteça antes do Tadej Pogacar. Vai ser difícil competir com ele mano a mano numa chegada em alto, tenho de ser honesto quanto a isso."

O já mencionado Pogacar começa como um esmagador favorito para a CG e, como tal, Bardet percebe que a probabilidade de ele competir pela Camisola Rosa é escassa. "Por isso, cabe a ciclistas como eu abordar a corrida de uma forma diferente", explica o ciclista de 33 anos.  "Não quero olhar muito para a frente e enfrentar cada etapa como uma clássica."

Logo à partida, as primeiras etapas representam uma verdadeira possibilidade de agitação na classificação geral. Como sempre, o Giro só será decidido na terceira semana. "Veremos diferenças entre os favoritos ao fim de dois dias, mas isso é controlável. Temos de estar bem agora, mas o que conta é a nossa forma na última semana", conclui Bardet. "A minha forma recente dá-me confiança de que estou no caminho certo. Quero ser consistente e entrar num bom ritmo para a terceira semana, porque há muitas oportunidades que quero aproveitar."