Romain Bardet reflete sobre a época final dominada por Tadej Pogacar: "Ele é tão superior"

Ciclismo
terça-feira, 12 novembro 2024 a 15:30
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Um dos rostos do ciclismo francês moderno, Romain Bardet esteve tão perto quanto qualquer um dos seus compatriotas de pôr fim à longa espera por um vencedor francês da Camisola Amarela. No entanto, na sua última época no pelotão profissional, foi Tadej Pogacar que fez todas as manchetes, deixando Bardet admirado.

"Não sei o que dizer. Estou a ignorá-lo. Honestamente, ele não está na mesma categoria de peso ", ri Bardet quando questionado por Eurosport para julgar a temporada recorde de 2024 de seu rival, tendo visto de perto o esloveno na Volta a Itália e na Volta a França, entre outras corridas este ano. "Estou surpreendido mas, ao mesmo tempo, ele mostrou todo o imenso potencial que vimos nele".

Bardet também acha que conhece uma das causas do brilhantismo de Pogacar em 2024. "Aparentemente, ele não sabia como treinar. Agora, ele sabe", disse o francês, que terminou em segundo lugar atrás do líder da UAE Team Emirates na Liege-Bastogne-Liege. "Ele reúne um potencial que vimos nos últimos anos nos seus dois primeiros Tours e que vence com classe."

De facto, Pogacar tem sido tão superior este ano que, apesar do já referido 2º lugar em Liège e de ter ganho uma etapa da Volta a França, vestindo a icónica Camisola Amarela, Bardet nunca sentiu que pudesse rivalizar com o campeão do mundo esloveno. "Ele é tão superior... É difícil de explicar", avalia. "Não passo muito tempo à procura de explicações. Mesmo sendo contemporâneo e estando no ambiente, temos a sensação de não sermos realmente um dos seus adversários."

Quando lhe perguntam se houve alguma corrida em que esperava que Pogacar ganhasse, Bardet é claro. "Sim, sim. Há várias, só de cabeça: Strade Bianche, GP Montreal e o Campeonato do Mundo. Eu estava convencido de que, sem qualquer incidente mecânico ou qualquer outra coisa para ele, estava resolvido", recorda. "Havia ainda uma certa vulnerabilidade que encontrámos noutros lugares, na equipa, por exemplo. Aí, sabíamos, mesmo na Volta a França, que se víssemos a Emirates a agitar-se à frente do pelotão desde os primeiros quilómetros para controlar a formação da fuga, ele ganharia a etapa. No Giro, o mesmo. Aconteceu pelo menos dez vezes esta época".

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