Rui Costa está na fase final da sua carreira, aos 37 anos, e tinha nos
Jogos Olímpicos um dos principais objetivos da época. Uma medalha era difícil para o português, mas um top 10 e até um diploma olímpico não estavam fora de questão. Isto até ao momento em que Rui Costa sofreu uma avaria no circuito final, já com a corrida bem lançada.
"Não sei se foi furo ou perda de pressão, o que é certo é que impossibilitou-me de poder dirigir nas curvas, era impossível. Era um momento crucial da corrida, a corrida ia lançada. Quando aconteceu isso, já sabia que seria impossível regressar ao grupo. O carro também tardou muito a chegar", explicou o tricampeão nacional à Lusa.
E a avaria não foi o único problema que assolou Rui Costa em Paris. "Posso dizer que a entrada no percurso não foi muito boa. Nos paralelos também perdi o bidão, andei uma volta sem me hidratar. E pronto, depois realmente as coisas acabaram de complicar quando tive o furo. Foi o perder da prova."
Depois do 13º lugar em Londres 2012, do 10º em Rio 2016 (em que até deixou Chris Froome para trás), Rui lamenta ter ficado aquém na sua terceira e última corrida olímpica. "Quando se treina, quando se dedica, quando o foco principal é os Jogos e eram os meus últimos Jogos, realmente queria fazer bem… Sentia-me bem, sabia que era tudo uma questão de colocação no circuito, as forças eram muito parecidas, tirando o Remco que estava fortíssimo, mas pronto", assinala o campeão do Mundo de 2013.