Terminou o ano de 2023 com 5 vitórias e aos 37 anos abraça uma nova aventura na EF Education - EasyPost, depois de uma época ao serviço da equipa belga Intermarché - Circus - Wanty e longos anos passados na UAE - Team Emirates.
Olhou para a época que terminou e afirma "Estou contente, orgulhoso. Fiquei contente com a Intermarché, que me apoiou desde o zero no ano passado. Estava a correr numa boa família, organizada. Encontrei-me novamente. Na UAE não estava confortável. Aceitei trabalhar para os líderes da equipa. Senti-me bem ao ganhar a
Volta a França com o Tadej Pogacar, foi bonito, sempre quis, mas queria oportunidades. Renasci na Intermarché." Instado sobre se a mudança de equipa era o chip que necessitava para esse renascimento é peremptório " Quando dei o salto para lá, planeámos conseguir resultados. Isso deu-me alento. Fiquei mais alegre. Foco-me muito quando tenho objetivos individuais. Queria continuar na Intermarché, estava bem acolhido. Tive corridas ao meu gosto. Não tinha a Volta a Espanha planeada e deixaram-me fazê-la, porque me senti bem depois de San Sebastián [top-10]. Não foi possível continuar por a UCI não permitir que haja um patrocinador vindo de casinos [fala da Circus]. Sobre as primeiras impressões que teve sobre a equipa norte americana afirma que "Fui à aventura [risos]. Aproveitei aquela semana de estágio para retirar as minhas próprias conclusões. A EF é muito maior em termos de estrutura. São muito organizados, tem portugueses e estou satisfeito."
Costa continua a dissertar sobre a EF Education e sobre as oportunidades que esta lhe dará, "Nas provas de uma semana depende de quem tenho na equipa. Nunca desisto da geral se estou bem, mas estou disposto a ajudar. Na Volta a França, o bloco está alinhado para o Carapaz. Não tento ser líder em três semanas. Na EF tenho corredores mais fortes nessas provas e olho a etapas. Tenho os meus objetivos. As provas de um dia estão acima. Nas Ardenas sei das capacidades que tenho e o que não posso fazer. Cada vez está mais difícil lutar pela Liège, a minha preferida. Há vários corredores a aparecer. Mesmo em subidas curtas e explosivas, são atletas mais pequenos. Torno-me mais lento do que eles. Vejo difícil ganhar, mas não deixo de acreditar. Num dia bom posso fazer um grande resultado."
Ao desportivo O Jogo
Rui Costa fala dos pontos altos do seu calendário e onde estará o seu foco: Ao longo da temporada temos vários objetivos. Umas provas servem de preparação para outras. Após o Tour, há uma curta ativação até aos Jogos. Nos últimos Jogos, quem chegou para ganhar vinha do Tour. O Tour é o plano certo. Vou lá a pensar nos
Jogos Olímpicos. Gostava muito de voltar a fazê-los. É um objetivo. Sei que isso é decisão do selecionador [que tem duas vagas] e vejo que a maioria dos corredores vai fazer o Tour para se preparar: o João Almeida, o Nelson Oliveira e o Ruben Guerreiro. No fundo, a melhor prova para preparar os Jogos é o Tour. Claro que será sempre especial estar no Tour com uma nova equipa. É a Grande Volta mais importante. E parte de Florença, onde fui campeão mundial. Será bom voltar."
Então e os mundiais que se disputarão na Suiça, estarão nos planos do Poveiro ou não auspicia uma nova tentativa de conquistar a camisola arco íris, tal como em 2013: "O Mundial será mais duro. Sabemos que hoje em dia ou um Mundial tem acima de 4000 ou 5000 metros de acumulado ou dá oportunidade a um homem rápido. Não um sprinter puro, mas a Matthews, Van der Poel, Van Aert. Se for uma subida de três minutos, é difícil descarregar um sprinter de 75 quilos. O facto de ser no final de setembro e na Suíça fá-lo interessante. O Pogacar está a controlá-lo. Será claro apostar mais no Mundial do que nos Jogos. Mas o nível está muito equilibrado. Às vezes, estão 30 ciclistas na última montanha das Grandes Voltas. Nas clássicas, eu às vezes nem andava na última hora. A nutrição deu grandes passos. É tudo pesado e são os detalhes a fazer diferença: os pneus, a roupa para a chuva..."
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