Num dia incrivelmente dramático, Tadej Pogacar sobreviveu a um verdadeiro susto para alcançar uma terceira vitória na Strade Bianche em 2025. O campeão do mundo caiu a meio da corrida e teve uma boa luta com Tom Pidcock, mas no final não foi possível parar o líder dos UAE Team Emirates - XRG.
Dez ciclistas conseguiram inicialmente isolar-se na frente da corrida, após uma série de ataques no pelotão. Quando a transmissão televisiva começou, já só restavam alguns homens à frente do pelotão liderado pela UAE Team Emirates - XRG. Entre os atacantes, estava um trio de britânicos - Connor Swift (INEOS Grenadiers), Lewis Askey (Groupama - FDJ) e Mark Donovan (Q36.5 Pro Cycling Team).
Entretanto o pelotão começava a ficar cada vez mais reduzido e na secção de gravilha do Monte Sante Marie, Isaac del Toro fez um trabalho monstruoso na frente do grupo. No entanto, não seria Tadej Pogacar o primeiro a lançar um ataque, mas sim Tom Pidcock, quando faltavam cerca de 80 quilómetros para o final. Pogacar contra atacou de imediato e a os dois isolaram-se e pouco depois os fugitivos foram apanhados. Apesar de Pogacar continuar a forçar o ritmo, Pidcock mantinha-se colado à roda do campeão do mundo. Impressionantemente, Connor Swift também conseguia manter-se em contacto com o duo e a 70 km do final conseguia colar-se a eles na frente da corrida, com cerca de 50 segundos de vantagem sobre o principal grupo perseguidor.
Apesar de um contra-ataque de Gianni Vermeersch, Pello Bilbao e Roger Adria, quando entraram no sector de gravilha seguinte eles foram alcançados, com Pogacar, Pidcock e Swift agora com cerca de 1:10 de vantagem na frente da corrida. Apesar de Swift não estar a fazer muito trabalho na frente, deixando isso para os seus companheiros de fuga, o ciclista da INEOS parecia seguir confortavelmente Pogacar e Pidcock na gravilha.
A cerca de 50 quilómetros do fim surge um momento de tensão, quando Tadej Pogacar, tantas vezes imperioso e sem falhas, vê a sua roda da frente fugir-lhe e acaba por cair desamparado no alcatrão, acabando fora da estrada amparado pela relva! Pidcock conseguiu evitar por pouco um destino semelhante e Swift escaparia por pouco à queda, sendo obrigado a meter o pé no chão. O resultado da queda? Pidcock ficava sozinho na frente momentaneamente. Em vez de tentar aguentar o esloveno sozinho, Pidcock parecia esperar pelo rival, uma vez que Pogacar levantou-se e após a troca de bicicleta estava a retirar tempo ao ciclista britânico.
A pouco mais de 33 quilómetros do final, Swift foi finalmente apanhado pelo grupo perseguidor, engolido por um contra-ataque liderado por Ben Healy. A 30 quilómetros do fim, Pogacar e Pidcock ainda tinham mais de um minuto de vantagem sobre Healy, Swift, Adria, Bilbao e Wellens. Embora a diferença de tempo tenha descido para menos de um minuto, havia a sensação de que os dois líderes da corrida estavam apenas à espera do próximo grande sector de gravilha para voltarem a acelerar.
No Colle Pinzuto, esse ataque chegou e foi feito por Tadej Pogacar. Pidcock lutou para se manter em contacto durante o máximo de tempo possível, mas o campeão do mundo foi implacável, acabando por descartar o britânico a 18 km do fim. Quase no momento em que Pogacar partiu o elástico para Pidcock, o seu colega de equipa Tim Wellens, atacou a partir do grupo perseguidor, abrindo caminho na luta pela terceira posição do pódio. Assim que ele atacou não demorou muito para ganhar um minuto de vantagem e de repente o 2º lugar de Pidcock parecia ameaçado.
Enquanto um Pogacar ensanguentado, com feridas visiveis e bastante maltratado continuava a aproximar-se da linha de meta, uma questão pungente foi colocada nos comentários da Eurosport / TNT Sports. Como é que se consegue vence Pogacar?
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Bloodied but not buried 🌈
— @UAE-TeamEmirates (@TeamEmiratesUAE) March 8, 2025
This is pure grinta, Tadej 💪🏻 #WeAreUAE #StradeBianche pic.twitter.com/GJBhMAtMFU