Segundo especialistas, a INEOS Grenadiers não se importaria de deixar sair Tom Pidcock: "Na Volta a França, a primeira coisa que ele disse foi que não iria correr para ninguém"

Ciclismo
quinta-feira, 10 outubro 2024 a 11:00
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Nos últimos tempos, Tom Pidcock tem-se tornado uma figura bastante polémica na comunidade do ciclismo. Embora alguns apreciem o seu sucesso multidisciplinar e coloquem o britânico quase ao mesmo nível de nomes como Mathieu van der Poel e Wout van Aert, outros criticam a forma algo inconsistente do campeão olímpico de BTT na estrada e a sua aparente falta de trabalho de equipa.

No último episódio do podcast Kop over Kop do Eurosport, o futuro de Pidcock, na sequência de rumores de interesse de equipas como a Red Bull - BORA - hansgrohe e a Q36.5 Pro Cycling Team, foi tema de discussão. "Não creio que haja uma visão por detrás do programa de Pidcock", argumenta Thijs van Amerongen. "O BTT correu bem, mas na estrada não se pode dizer que ele tenha dado um passo em frente este ano. O seu programa é um pouco vago e vai em todas as direções."

"No início do ano, havia ambições de classificação geral, mas acho que ele está a fazer o que quer e está a ir em todas as direções. Ele decide onde vai correr e quais são os seus objetivos", continua Van Amerongen. "É claro que ele está numa gaiola dourada. Penso que estão a organizar tudo na perfeição para ele, mas se ele quiser dar um passo em frente, outra equipa não seria má ideia. Não sei se deverá ser a Q36.5 e a questão é se a INEOS o deixará ir."

À primeira vista, a possibilidade de Pidcock descer para uma equipa suíça de segundo escalão pode parecer rebuscada. De acordo com Bobbie Traksel, a mudança pode fazer todo o sentido para todas as partes envolvidas: "O dinheiro vem do papá mais rico do mundo do ciclismo, que fez o seu dinheiro com minas. Esse homem tem uma fortuna de 8,8 mil milhões de dólares. A tática seguida é diferente da utilizada na Israel - Premier Tech. Aqui, querem crescer passo a passo, mas agora são fanáticos no mercado de transferências", explica Traksel. Na Volta a França, a primeira coisa que ele disse foi que não iria correr para ninguém e que só faria o que lhe apetecesse. Isso já não é possível. Eu pensava que ele iria para BORA, mas isso ainda é possível".

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