Stefan Kung reage ao sétimo lugar na Volta à Flandres: "Joguei as minhas cartas. Não queria sair da Flandres com arrependimentos"

segunda-feira, 07 abril 2025 a 11:16

Stefan Küng foi um dos protagonistas secundários da Volta à Flandres 2025, terminando na sétima posição depois de uma corrida onde optou por atacar de forma prematura. O suíço da Groupama - FDJ explicou a sua abordagem ambiciosa e refletiu sobre as decisões tomadas durante a prova, marcada por um ritmo elevado e pelas quedas que fragmentaram o pelotão.

“Antes da partida, o plano era fazer uma corrida mais defensiva, mas também seguir a minha intuição”, revelou Küng em declarações à Eurosport. “Quando vi que os meus colegas estavam a ficar para trás durante a sequência das subidas ao Eikenberg e Wolvenberg, percebi que podia ser um bom momento para atacar. Arranquei de trás e acabámos por formar um grupo interessante.”

Küng lançou-se ao ataque a cerca de metade da corrida, numa altura em que o pelotão ainda não tinha entrado nas subidas decisivas, mas o grupo de fugitivos acabou por não colaborar eficazmente, o que comprometeu as suas hipóteses de sucesso.

Leia também

Lista de Participantes final - Volta ao País Basco: João Almeida, Nelson Oliveira, Iuri Leitão, Enric Mas, Sepp Kuss, Mattias Skjelmose, entre outros

“Talvez tenha sido demasiado entusiasta e tenha querido forçar uma vantagem, mas a verdade é que a cooperação não foi boa. Isso fez-nos perder tempo precioso”, reconheceu. “Depois do Oude Kwaremont, senti falta de tempo para recuperar. E, num dia tão exigente, isso paga-se caro.”

Apesar de não ter alcançado o resultado desejado, Küng demonstrou orgulho na sua abordagem combativa.

“Preferi tentar do que ficar na expectativa. Joguei as minhas cartas e não queria sair da Flandres com arrependimentos. E não estou arrependido. Claro que não ambicionava terminar em sétimo, mas saio satisfeito por ter feito a minha corrida.”

Com mais um Top-10 num Monumento, o suíço volta a confirmar a sua consistência nas grandes clássicas, mesmo que a tão ambicionada vitória continue a escapar. Ainda assim, a coragem táctica demonstrada em Oudenaarde foi mais uma prova de que Küng continua a ser uma peça relevante nos dias grandes do calendário.