Tadej Pogacar não está habituado a sair de uma corrida frustrado, muito menos quando lança um dos seus típicos ataques de longe, mas na
Amstel Gold Race 2025, o campeão do mundo teve de se contentar com o 2.º lugar, depois de ser apanhado por Mattias Skjelmose e Remco Evenepoel nos quilómetros finais da clássica neerlandesa.
O esloveno da UAE Team Emirates – XRG lançou o ataque decisivo a cerca de 40 quilómetros da meta, inicialmente na companhia de Julian Alaphilippe, para pouco depois ficar sozinho na frente da corrida.
“Esperava que o Julian conseguisse ficar comigo mais tempo”, confessou Pogacar após a corrida.
“Depois dele ficar para trás, tentei aguentar-me sozinho. Mas atrás de mim estavam dois homens fortes a trabalhar juntos.”
À medida que a diferença diminuía, Pogacar mostrava crescente inquietação, olhando para trás repetidamente enquanto Skjelmose e Evenepoel encurtavam as margens.
“Paguei o preço por isso”, admitiu. “Devido ao forte vento frontal nos últimos 15 quilómetros, não consegui aumentar mais as diferenças.”
Percebendo que seria apanhado, o campeão do mundo optou por guardar energias para o desfecho final.
“Decidi esperar mais ou menos e tentar vencê-los ao sprint. Foi um pouco arriscado e, no final, acabei em segundo lugar”, disse com um sorriso irónico.
“A meta estava a cinco metros de distância.”
Reconhecimento e desportivismo
Apesar da desilusão, Pogacar não perdeu a compostura nem o desportivismo, e fez questão de elogiar os seus rivais, reconhecendo que foi batido de forma justa.
“Eu sabia que eles iam começar a reduzir a diferença nas subidas. Tentei acelerar no inicio e no topo, mas, como disse, havia vento de frente nas descidas e isso ficou-me caro.”
“Disse-o no início. O Evenepoel está claramente em grande forma outra vez. Mas, no final, foi o Skjelmose que foi o mais forte.”