Tadej Pogacar faz o balanço da Volta a Itália: "Uma das melhores Grandes Voltas que fiz na minha carreira"

Apesar de Tadej Pogacar ser considerado o ciclista mais completo desta geração, estavam a passar quase três anos desde a sua última vitória numa Grande Volta. Pelo menos, antes do seu domínio na Volta a Itália 2024.

"Este ano dei mais um passo", admitiu o líder da UAE Team Emirates, depois de chegar às seis vitórias de etapa nesta corrida, no sábado. "Todos os anos é mais difícil melhorar, mas posso estar super feliz e com sorte por ainda conseguir encontrar algumas melhorias durante o inverno. Estou muito feliz por ter conseguido um pequeno ganho. Ainda estou a crescer, a envelhecer, e tudo está a assentar, porque a experiência também entra em jogo. Estou muito feliz por ver esta melhoria também este ano".

Com a sua margem de vitória a ficar muito perto da marca dos 10 minutos, Pogacar tem estado muito acima do resto do pelotão nas últimas três semanas. Apesar disso, o esloveno insiste que nem tudo tem sido fácil: "Nem tudo é fácil nas Grandes Voltas, nada é fácil. Foram três semanas difíceis. Também tive alguns enjoos ou alergias, não sei, mas estou a pensar mais em enjoos, alguns dias depois de Nápoles, quando não passou, ou mesmo à chuva. Nem tudo foi fácil, mas conseguimos chegar aqui com uma boa margem para o segundo lugar, por isso podemos estar orgulhosos e contentes com a forma como correu", explica.

Embora não parecesse, Pogacar também insiste que foi colocado em dificuldades pelos seus rivais na estrada. "São três semanas de corrida e, por isso, há muitos momentos em que nos sentimos desconfortáveis na bicicleta e também fora dela, com problemas para dormir e coisas desse género. São três semanas de corridas".

Apesar da sua modéstia, os números falam por si. Seis vitórias em etapas, uma margem de quase 10 minutos para o segundo classificado, Daniel Martinez, e um longo reinado com a camisola rosa desde a sua vitória na etapa 2. "Devo dizer que foi uma das melhores Grandes Voltas que fiz na minha carreira", afirma Pogacar. "Senti-me fantástico com as minhas pernas durante as três semanas, por isso mantenho esta mentalidade para as próximas corridas."

"Não me arrependo de nada", conclui. "Penso que executámos este Giro muito bem. Uma margem de vitória de 10 minutos não é algo que se pretenda. Não é algo que fique gravado na nossa carreira nem nada do género, não é nada importante. Mesmo que se ganhe com um segundo, continua a ser uma vitória, por isso não importa. Neste Giro, aconteceu que foi assim, mas nunca foram momentos fáceis. Já agora, chapeau ao segundo e terceiro classificados e a todos os outros que lutaram todos os dias e ficaram até Roma."

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