Tadej Pogacar justifica o ataque cedo na subida final de Jebel Hafeet: "Não queria ser surpreendido"

Tadej Pogacar era o cabeça de cartaz do UAE Tour e correspondeu às expectativas. O ciclista da UAE Team Emirates - XRG venceu a segunda corrida por etapas do World Tour da temporada com um triunfo hoje em Jebel Hafeet, encerrando uma semana com muita ação tanto nas subidas como nas estradas planas.

Ele ficou surpreendido com a intensidade com que o pelotão se esforçou hoje na secção plana da etapa, levando a uma velocidade média final de mais de 47 km/h, num dia com uma chegada em alto. "Porque muitos dos ciclistas tinham hoje o último dia para fazer alguma coisa, para treinar. Muitas das equipas de sprinters não têm um ciclista para a classificação geral. Têm o Fim-de-Semana de Abertura (Omloop Het Nieuwsblad e Kuurne - Bruxelles - Kuurne) na próxima semana, estava um vento cruzado, por isso foi bom fazer algum caos no grupo".

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Mas, como sempre, esteve presente na frente, sem se poupar, e no processo viu vários dos seus rivais a serem eliminados antes mesmo de a subida começar. "Para nós, ciclistas da geral, tínhamos de ter muito cuidado, estar sempre atentos. Foi a primeira tentativa de cortes e, de alguma forma, funcionou. No início, não pensei que fôssemos cooperar, mas foi até ao fim e, para mim, foi um dia muito bom".

Os Emirates não tiveram de fazer muito trabalho. Os seus trepadores ficaram cortados pelos ventos cruzados, mas a Soudal - Quick-Step (principalmente, mas não exclusivamente) tomou conta do ritmo no grupo da frente, ajudando os seus líderes a obter um melhor resultado final. Pogacar só teve de se manter no pelotão e salvar-se na subida final de 10 quilómetros.

"Não me importava de ir com calma para a subida e estar sempre a refrescar-me, mas assim foi muito bom com o Florian Vermeersch e o Rune Herregodts na frente, que estavam sempre a dar-me água e a refrescar-me, por isso o dia não foi muito difícil. Para mim, foi o ideal", explica.

"Foi então que o Rune fez o seu esforço, dois ciclistas deixaram-me no grupo, puxaram o máximo que puderam e eu decidi ir e tentar ir sozinho. Não queria ser surpreendido, nem contra-atacado, nem nada do género, por isso foi melhor ir ao meu próprio ritmo até ao topo", acrescenta o Campeão do Mundo.

Começou a época com o sucesso esperado e agora vai mudar completamente a sua atenção para as clássicas da primavera. Veremos mais do esloveno na Strade Bianche. "Vamos ver, já não vou correr em provas por etapas até ao Dauphiné, é altura de mudar um pouco a atenção para as clássicas e tentar tirar o máximo partido delas. Vou tentar divertir-me, ter boas pernas e veremos".

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