Tadej Pogacar sobre a INEOS nos ventos cruzados: "Estavam a tentar lixar alguém... também têm equipa para isso, eu teria feito o mesmo no lugar deles

Apesar de ser um dia "fácil" no papel da Volta a Itália, esteve longe de o ser no pelotão. Os 179 quilómetros do menu foram, por vezes, expostos a fortes ventos cruzados, o que se revelou definitivamente uma dificuldade para alguns. Tadej Pogacar escapou a salvo, mas admite que enfrenta dificuldades também fora da bicicleta;

"Toda a gente está impressionada com o Jonathan [Milan]. O Jonathan é um sprinter fantástico e a sua equipa também é muito forte, todos podem lutar pelas suas posições neste tipo de chegadas", disse Pogacar aos jornalistas numa conferência de imprensa após a etapa. A etapa foi completamente plana, mas de repente apareceu o vento e a INEOS tentou surpreender. "Estavam a tentar lixar alguém, por isso nunca se sabe. Eles também têm equipa para isso, eu teria feito o mesmo no lugar deles. Se calhar estava com problemas e perdi muito tempo".

Pogacar está bem ciente de que o Giro pode ser decidido fora das montanhas e que cada dia pode ser crucial para a classificação geral. Muitas figuras experientes do Giro têm dito isto nas últimas semanas ao estreante que até agora tem dominado a camisola rosa. A INEOS Grenadiers fê-lo sofrer nas estradas planas, mas a UAE Team Emirates esteve forte.

"Com a minha equipa bem, vestir a camisola rosa é mais fácil, por isso tenho de agradecer à equipa por isso. Poupa-me muito stress. Há cerca de quatro anos, teria ficado muito mais nervoso e isso ter-me-ia custado muito mais energia", continua. "Isso deve-se principalmente à equipa e podemos riscar mais um dia." No final do dia, Pogacar chegou em segurança no pelotão e vai participar no segundo contrarrelógio da corrida de cor-de-rosa.

"Estou ansioso pelo contrarrelógio e tenho mais confiança depois do contrarrelógio anterior. Espero ter boas pernas e conseguir um bom desempenho. Para mim, não será o melhor percurso, mas ainda acho que posso fazer um bom resultado", diz ele sobre o dia chave da CG. No contrarrelógio anterior, ele conseguiu uma vitória dominadora devido à subida final. No entanto, desta vez não terá esse privilégio. "Quero andar ao meu ritmo e terminar bem, mas no domingo temos a etapa rainha. Também estou ansioso por fazê-la".

Pogacar também falou dos adeptos que o têm cercado constantemente nos autocarros da equipa e admite algo com o qual está a ter problemas: "Estou grato a todos os fãs que tenho, mas também ao ciclismo como um todo. Às vezes é uma loucura, com os smartphones e tudo o mais, às vezes é demasiado para mim. Eles vêm ter comigo com um temporizador para tirar uma selfie. Dar um autografo é um pouco mais fácil e é sempre um prazer para mim", conta.

"As selfies às vezes são demais para mim, mas isso também faz parte da loucura. Estou especialmente feliz por ter muitos fãs, desde que não façam nenhuma loucura connosco. O Giro não é o Tour, mas está a tornar-se cada vez mais popular e há muita gente nas ruas. É bom ver isso e, até agora, estou a ver que é uma grande experiência".