Tadej Pogacar sobre Van der Poel e a Flandres, o erro de Van Aert, o reconhecimento e o perigo da Roubaix: "Estou aqui para ganhar"

Ciclismo
sábado, 05 abril 2025 a 00:37
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Tadej Pogacar regressa este domingo à Volta à Flandres com um objetivo claro: conquistar a sua segunda vitória no Monumento belga. No entanto, à medida que o pelotão aquece para a Ronde, o nome do esloveno começa também a agitar o ambiente em torno da Paris-Roubaix, onde fará a tão aguardada estreia. Em conferência de imprensa promovida pela UAE Team Emirates – XRG, o Campeão do Mundo abordou os temas quentes da semana - da táctica para a Flandres ao fascínio pelo “Inferno do Norte”.

“Estou aqui para ganhar. A Flandres é uma corrida completamente diferente da Milan-Sanremo, muito mais dura. Os paralelos favorecem o Mathieu, claro, mas não é o único rival a ter em conta”, afirmou Pogacar ao Het Nieuwsblad. “O Mathieu é um dos melhores sprinters do mundo, por isso a ideia será clara: evitar que a corrida termine ao sprint.”

Pogacar deverá assim voltar a aplicar a táctica que o levou à vitória em 2023 - endurecer a corrida nas subidas empedradas, atacar cedo e isolar-se antes da fase final. Após perder o sprint em Sanremo, não há margem para erros: “A corrida tem de ser difícil, senão a diferença entre nós torna-se maior.”

Apesar da rivalidade em crescendo, Pogacar sublinha o respeito que tem por Van der Poel e reconhece que, por vezes, trabalhar em conjunto é a melhor forma de anular ataques de equipas rivais. “Gosto do estilo de corrida do Mathieu e da força que ele tem. Mas se pudesse escolher entre correr contra ele ou ficar em casa com a Urska... preferia ficar em casa”, riu.

O esloveno também acompanhou de perto a Dwars door Vlaanderen, onde viu a Team Visma | Lease a Bike aplicar uma tática poderosa, mas desperdiçar uma vitória quase certa ao apostar num sprint final com Wout van Aert, que acabaria batido por Neilson Powless. Mesmo assim, Pogacar recusa subestimar o belga.

“A Visma cometeu um erro, é verdade. Mas o Wout prefere corridas mais extensas, e a Flandres é um dos seus grandes objetivos. Tenho a certeza de que estará bem no domingo”, afirmou.

Mas é impossível ignorar um outro grande tema: a sua presença na Paris-Roubaix, algo que está a criar entusiasmo no mundo do ciclismo. Esta semana, Pogacar voltou a França para realizar um novo reconhecimento dos sectores de paralelos, tendo mesmo conquistado KOMs em troços históricos como Mons-en-Pévèle e Carrefour de l’Arbre, deixando uma clara mensagem para os rivais.

“Fiz um bom reconhecimento e estou ansioso. A Roubaix é o grande objetivo? Ainda não posso dizer isso. Quero experimentá-la primeiro e ver como me sinto. Mas estou optimista quanto a fazer uma boa corrida.”

Sobre os riscos da prova, especialmente após a sua queda na Strade Bianche, Pogacar mostra-se descontraído: “A primeira etapa ao sprint de uma Grande Volta ou a entrada na Cipressa na Sanremo são mais perigosas do que a Roubaix. A decisão foi minha. É uma das corridas mais importantes do calendário e eu queria fazê-la antes que fosse tarde demais.”

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