Wout van Aert sobre os planos para a Flandres: "Não vou ficar preso na desilusão da Warengem. O objetivo é ganhar seja com quem fôr"

Ciclismo
sábado, 05 abril 2025 a 00:39
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Wout van Aert chega à Volta à Flandres 2025 com sensações mistas. A derrota na Dwars door Vlaanderen foi um duro golpe e alterou a percepção do seu estatuto dentro da equipa para este tipo de corridas. Mas, ao mesmo tempo, o belga da Team Visma | Lease a Bike reconhece que está finalmente a atingir o seu melhor nível de forma nesta primavera.

“Foi um duro golpe, mas felizmente sinto-me muito melhor. O bom do ciclismo é que há sempre novas oportunidades e no domingo já há uma corrida importante, a Volta à Flandres”, afirmou Van Aert em conferência de imprensa, esta sexta-feira, citado pelo Sporza. “Seria uma pena ficar preso naquela desilusão de Waregem.”

Apesar da frustração pelo desfecho da DDW, Van Aert sublinha que a sua forma física está a evoluir positivamente e que a equipa demonstrou uma atuação coletiva exemplar na quarta-feira. “O meu desempenho na Dwars aumentou a minha confiança. Em termos de condição física, estou onde esperava estar. O posicionamento nas colinas foi muito melhor do que no primeiro fim de semana e isso mostra que as pernas estão boas.”

Sem estatuto de favorito, mas com margem para surpreender

Pela primeira vez em anos, Van Aert não parte como um dos dois principais favoritos à vitória na 'Ronde'. Esse estatuto cabe agora, sem reservas, a Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar, que têm dominado as clássicas e se apresentam em melhor forma. Mads Pedersen, vencedor da Gent-Wevelgem, surge logo atrás como o terceiro nome mais falado.

“O Pogacar e o Van der Poel são os dois grandes favoritos. Espero ter as minhas melhores pernas no domingo e poder segui-los. Claro que quero vencer, mas tenho de ser honesto: será muito difícil batê-los. Acho que, por vezes, metem-me como principal favorito à vitória quando não é o caso. Este ano não estou no topo e isso permite-me abordar a corrida de forma diferente.”

Essa “forma diferente” poderá passar por tácticas mais agressivas ou abertas, algo que a Visma demonstrou ser capaz de aplicar na Dwars door Vlaanderen, com um ataque colectivo que quase lhes deu a vitória. Mas reproduzir esse tipo de ataque na Flandres será bem mais complexo. “A Flandres é uma corrida onde é muito mais difícil surpreender alguém. Mas temos uma equipa forte e podemos jogar várias cartas.”

Van Aert admite que poderá também colocar-se ao serviço de Matteo Jorgenson, dependendo das sensações de ambos ao longo do dia. Não será um líder único, pois o objetivo coletivo é claro: vencer. “Claro que quero estar na decisão final. Mas se eu e o Matteo estivermos lá, veremos quem está melhor. O objetivo é ganhar, seja com quem for.”

Roubaix no horizonte... e o factor Pogacar

Questionado sobre a Paris-Roubaix, marcada para o fim de semana seguinte, Van Aert reconheceu que a clássica francesa lhe assenta melhor do que a Volta à Flandres - embora o desafio continue a ser enorme.

“A Roubaix é mais adequada ao meu perfil do que a Flandres. A presença de Pogacar? Sim, pode mudar a dinâmica da corrida. Mas a Roubaix é sempre uma corrida difícil de ganhar.”

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