Tao Geoghegan Hart regressou ao seu melhor nível este ano, mas teve um final de época infeliz e prematuro na Volta a Itália. A lutar pela camisola rosa, o britânico sofreu uma queda e lesões graves. Por fim, não sentiu o apoio da
INEOS Grenadiers e está a afastar-se.
"Também estava numa posição perfeita: Estava cinco segundos atrás do Geraint [Thomas] depois de ter ficado retido por uma queda durante um sprint de grupo e ter perdido dezanove segundos. Sem essa queda, teria ficado com a camisola cor-de-rosa, mas com a pressão dessa camisola e as obrigações que lhe estão associadas, poderia ter sido mais difícil", disse Hart no The Cycling Podcast. "Nesse momento, vejo três ciclistas a embaterem na superfície molhada da estrada numa curva. Dois dos três eram Geraint e Primoz [Roglic]. Na maioria das quedas sabemos a força com que estamos a cair e no momento em que caí no chão soube o que tinha acontecido. Sabia que não me podia levantar, tirei o capacete e aceitei imediatamente o meu destino. Na ambulância tive muitas dores porque o carro bateu em todos os buracos da estrada".
O acidente de Hart foi um dos muitos entre os grandes favoritos do Corsa Rosa, mas foi talvez aquele que sofreu as maiores consequências. Uma fratura na pélvis pôs fim à sua época em maio e ainda não regressou às corridas. Isso só acontecerá na época de 2024 com a
Lidl-Trek. O jovem de 28 anos vai deixar a INEOS Grenadiers após sete épocas.
A equipa britânica perde mais um dos seus trepadores para uma equipa rival. Hart explica a sua saída: "Foi uma situação muito invulgar aquela em que me encontrei. Senti-me insuficientemente apoiado pela direção da INEOS e também tive a sensação de que, se não tentasse algo novo agora, não aproveitaria essa oportunidade noutra altura."
Agora, ele está pronto para enfrentar um novo desafio. Em primeiro lugar, para se certificar de que está recuperado das lesões que lhe retiraram meses de carreira e, em seguida, para regressar ao seu melhor nível. O britânico espera lutar pela classificação geral na Volta a França na próxima época.
Foi uma mudança que fez sentido para ele. "Antes de mais, conhecia lá muitos ciclistas. Por exemplo, aos 15 anos já competia com ciclistas como Toms Skujins. Em segundo lugar, o equipamento também desempenhou um papel importante, porque também andei numa bicicleta Trek quando era júnior", explica. "De um modo geral, também gostei do projeto global; a equipa passou por muitas mudanças em termos de patrocínios e da forma como encarava o futuro. É por isso que estou definitivamente ansioso pela próxima época."