Thomas De Gendt e o sucesso em fase adiantada da carreira "Já não posso fazer como antigamente"

Thomas De Gendt é, desde há muito, um dos ciclistas mais facilmente reconhecíveis do pelotão nos Grandes Tours, principalmente devido aos seus frequentes ataques e presenças em fugas. Agora, aos 36 anos, o belga está a ter de encontrar formas diferentes de ser bem sucedido.

"O ciclismo continua a dar passos. Tenho a impressão de que está meio por cento mais rápido todos os anos. E eu próprio estou a ficar um pouco mais velho... Por vezes, é difícil", afirma o experiente belga em citações recolhidas pelo Sporza. "Encontrar a melhor condição já não é fácil. É uma questão de tentativa e erro. Mas se fizeres parte de um grupo e só tiveres de lidar com vinte homens, então tens uma hipótese".

Depois de ter vencido etapas em todas as Grandes Voltas durante a sua carreira e de ter terminado no pódio da classificação geral no Giro em 2012, De Gendt regressa à Vuelta no sábado, sabendo que precisa de adaptar o seu estilo se quiser continuar a ter sucesso;

"Já não posso fazer como antigamente: ultrapassar toda a gente, ir para onde quero. Mas também se pode ganhar uma etapa apenas com base na experiência", explica. "Há muitos ciclistas da minha geração que pararam nos últimos anos. Mas ainda tenho contrato para o próximo ano e vou terminá-lo na mesma. Chegar à 25ª Grande Volta : Penso que é um marco importante".

Será que De Gendt pode usar a sua experiência e bom senso para vencer mais uma etapa? "Este ano, as fugas já tiveram muitas oportunidades: no Giro tiveram sucesso cerca de dez vezes, no Tour cerca de sete vezes", avalia;

"Na Vuelta há sempre muitas oportunidades para os atacantes. Embora nem sempre sejam as chegadas mais fáceis para mim, para alguém que sobe um pouco menos... Ganhei uma etapa no Giro no ano passado. E há sempre uma hipótese, embora não seja fácil".