Tim Merlier venceu ao sprint a 18ª etapa da
Volta a Itália, conquistando a sua segunda vitória na prova num final de dia emocionante.
Apesar de, no papel, ser uma etapa para os sprinters, como sempre acontece com este tipo de percursos numa Grande Volta, os candidatos à fuga podem sempre sentir que têm uma oportunidade. A tentar a sua sorte nesta ocasião, estava um grupo de quatro homens composto por Mikkel Honore (EF Education-EasyPost), Filippo Fiorelli (VF Group - Bardiani CSF - Faizanè) e a dupla da Team Polti - Kometa, Mirco Maestri e Andrea Pietrobon;
Infelizmente para os atacantes, o pelotão não estava de para brincadeiras. Um trio de equipas de sprinters mandaram um ciclista para a frente do pelotão para controlar a fuga e, sob o olhar atento da Lidl-Trek (equipa de Jonathan Milan), da
Soudal - Quick-Step (equipa de Tim Merlier) e da Tudor Pro Cycling Team (equipa de Alberto Dainese), a diferença entre o pelotão e a fuga manteve-se abaixo dos dois minutos;
O problema para estas equipas era que, com uma diferença de tempo tão pequena, estavam a encorajar mais ataques do pelotão. Foi um desses ataques, de Edoardo Affini, a pouco menos de 60 km do final, que viu o quarteto líder crescer para um quinteto. Apesar do reforço do homem da Team Visma | Lease a Bike, a fuga mantinha-se abaixo dos 20 segundos e sentia-se que a qualquer momento eles seriam apanhados pelo pelotão.
A 15 quilómetros do fim, os fugitivos ainda tinham cerca de 15 segundos de vantagem sobre o grupo e trabalhavam bem em conjunto para manter a sua pequena vantagem. No entanto, a pouco mais de 10 quilómetros do final, o dia terminava para os fugitivos e as atenções viravam-se para a preparação do sprint final. A pouco mais de 8 quilómetros do final, Thymen Arensman teve um problema inesperado. Depois de uma rápida mudança de bicicleta, o homem que começou o dia em 6º lugar na geral conseguiu regressar ao pelotão.
Depois dos homens da CG passarem a sagrada faixa dos 3 km sem qualquer outro incidente, as equipas dos sprinters assumiram o controlo total da corrida. A caminho do quilómetro final, era a Tudor Pro Cycling Team que esteva na frente e a preparar-se para as duas ultimas curvas que iriam ajudar a decidir o dia. Com Jonathan Milan um pouco bloqueado, Alberto Dainese abriu o sprint, mas num final emocionante e renhido, tanto Dainese como Milan que veio detrás para acabar em segundo, batidos por Tim Merlier, da Soudal - Quick-Step, o homem mais forte da jornada e que assim conseguiu a terceira vitória para a sua equipa no Giro de 2024.