Tom Pidcock recebe compatriota como reforço de peso para a Q36.5 Pro Cycling Team para a época de 2026

A Q36.5 Pro Cycling Team vive um dos momentos mais marcantes da sua curta história. Poucas horas depois de conquistar aquela que poderá ter sido a sua vitória mais importante até hoje, na Clássica de Hamburgo, a equipa suíça voltou a dar que falar ao anunciar duas contratações sonantes para 2026. Depois da chegada de Eddie Dunbar, foi agora a vez de confirmar a entrada de Fred Wright, britânico de 26 anos que deixa a Bahrain - Victorious para assumir um papel de liderança.

"Fred é um ciclista inteligente, lê muito bem as corridas e é incrivelmente versátil. Já alcançou vários top-10 em monumentos como a Milan-Sanremo, a Volta à Flandres e a Paris-Roubaix, e o objetivo é acrescentar um bloco forte de clássicas ao calendário da equipa", afirmou o diretor desportivo Doug Ryder. "Ele já esteve perto da vitória em etapas da Volta a França e da Volta a Espanha. Acreditamos que lhe podemos dar o passo final para voltar a ganhar. Tem um motor enorme, um estilo de ataque entusiasmante e ainda só tem 26 anos, pelo que o potencial de crescimento é grande."

A contratação não se trata de uma aposta em alguém em declínio, mas sim num corredor em plena afirmação. Em 2025, Wright foi 10º na Milan-Sanremo, 9º na Paris-Roubaix e, mais recentemente, 6º na Clássica de Hamburgo. A sua polivalência é uma das principais armas: além de se destacar nas Clássicas, é capaz de sobreviver às etapas montanhosas, lançar bons sprints e desempenhar papéis táticos em diferentes contextos.

O britânico encaixa, assim, no perfil que a Q36.5 procura para diversificar o calendário e elevar o nível competitivo.

Na hora da apresentação, Wright sublinhou que a mudança surge no momento certo: "Quero voltar a ganhar e sinto que um novo ambiente, com novas ideias e novas pessoas, me vai ajudar a atingir esse objetivo. Depois de vários anos a fazer praticamente o mesmo calendário, estou ansioso por descobrir novas corridas. Estou aqui para ajudar a construir a equipa, mas eles já estão numa trajetória ascendente. A ambição está lá e o crescimento é inevitável."

Profissional desde 2020, Wright soma como única vitória o título de campeão nacional britânico em 2023. Ainda assim, já provou ser competitivo no mais alto nível. Agora, junta-se a um grupo em que figuram nomes como Rory Townsend, atual campeão irlandês, e outros corredores em clara progressão.

"Fiz toda a minha carreira até agora na mesma equipa e, sem desvalorizar as oportunidades que tive, senti que era altura de mudar após seis anos. A Q36.5 é uma escolha natural. Conheço o Tom [Pidcock] e o Mark [Donovan] há muito tempo e sinto que o grupo que estão a construir já me é familiar."

As suas principais ambições estão centradas nas Clássicas do Norte, competições onde sempre mostrou o melhor de si. Wright recordou mesmo a origem dessa paixão: "Sempre adorei corridas como a Paris-Roubaix e a Volta à Flandres. Quando tinha 13 anos, viajei para a Bélgica com a VCL para fazer a Flandres desportiva. Estive no Oude Kwaremont a assistir à vitória de Tom Boonen e foi incrível sentir o ambiente de milhares de fãs belgas."

Com Dunbar e Wright como novos pilares, a Q36.5 não esconde a ambição de se consolidar como protagonista nas Clássicas e, pouco a pouco, entrar em patamar competitivo com as maiores equipas do WorldTour.