Um colega de equipa de Mathieu van der Poel fala das brutais sessões de treino da Alpecin-Deceuninck: "Ele é o combustível para o fogo quando o treino se torna numa corrida"

Ciclismo
quinta-feira, 24 outubro 2024 a 18:00
mathieuvanderpoel
Mathieu van der Poel é uma das estrelas indiscutíveis do ciclismo atual. Com um palmarés com que a maioria dos ciclistas apenas poderá sonhar, a estrela da Alpecin-Deceuninck foi campeão do mundo de estrada, ciclocrosse e gravel. Mas quais são as chaves do sucesso do holandês?
Numa entrevista a WielerRevue, um dos companheiros de equipa de Van der Poel, Silvan Dillier explica como a brutalidade das sessões de treino da Alpecin-Deceuninck não se compara a nada que tenha visto anteriormente, quando já conta com cerca de uma década no pelotão do World Tour. "Van der Poel é sem dúvida o melhor ciclista com quem já estive numa equipa", diz calorosamente Dillier, antigo colega de equipa de nomes como Greg Van Avermaet ou Thor Hushovd. "Ele é uma inspiração para todos na nossa equipa."
Após quatro temporadas na Alpecin-Deceuninck, Dillier sentiu que a equipa mudou ao longo dos anos. "Quando entrei para a equipa era quase todos os dias", ri-se sobre as sessões de treino. "Tornámo-nos um pouco mais calmos e treinamos de forma um pouco mais estruturada, mas de vez em quando não nos conseguimos conter e o treino explode como pode acontecer numa corrida. Sim, também ajuda o facto de Mathieu ter mudado um pouco, porque ele é definitivamente o combustível para o fogo quando o treino se torna numa corrida, não importa o que é que está programado fazer nesse dia. Se ele não quiser andar num ritmo calmo, então temos uma corrida".
Como já se viu várias vezes ao longo dos anos, isto funciona bem para Van der Poel. "O ataque com que ele decidiu a Paris-Roubaix... É lindo de se ver. Para nós também", recorda Dillier, fazendo a observação de que mesmo nos treinos, os colegas de equipa de Van der Poel têm por vezes dificuldade em acompanhar as rodas. "Diria que consegui levá-lo ao limite, mas é claro que não vou dar cabo de mim numa sessão de treinos quando ainda há um campo de treinos inteiro à minha espera. Chegamos sempre a um ponto em que pensamos: agora já chega".

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