Valentin Paret-Peintre acaba com a seca francesa na Volta a França 2025: "Dei a minha vida..."

Ciclismo
terça-feira, 22 julho 2025 a 18:37
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Valentin Paret-Peintre continua a afirmar-se como um dos nomes mais promissores do ciclismo francês. A sua evolução nos últimos dois anos culminou com uma vitória esta terça feira: foi o primeiro francês a vencer uma etapa na Volta a França 2025 e logo no mítico Mont Ventoux.
Apesar do duro golpe sofrido com o abandono de Remco Evenepoel, a Soudal - Quick-Step segue em alta na Grand Boucle. A vitória de Paret-Peintre é a quarta da formação belga nesta edição, somando-se ao triunfo de Evenepoel no contrarrelógio de Caen e às duas vitórias ao sprint de Tim Merlier.
A UAE Team Emirates – XRG partia como a formação mais interessada em controlar a etapa, mas com uma fuga composta por mais de 30 unidades, a corrida estava aberta. Entre os fugitivos estava Paret-Peintre, bem acompanhado por colegas da Quick-Step que impuseram um ritmo alto na subida para manter a vantagem sobre o pelotão e, sobretudo, gerir a diferença em relação a um grupo de sete unidades na dianteira, que incluía Thymen Arensman e Enric Mas.
"É uma verdadeira vitória de equipa. Tivemos alguns dias difíceis com a desistência do Remco Evenepoel. Agora podemos voltar a erguer a cabeça", declarou o jovem de 24 anos no final. Na subida decisiva, teve de responder às múltiplas acelerações de Ben Healy, mantendo-se sempre na sua roda. No sprint final, o francês revelou a sua capacidade de explosão para superar o irlandês.
Paret-Peintre destacou também o papel fundamental de Ilan van Wilder, que trabalhou até ao último quilómetro para manter a margem face ao grupo da geral, liderado por Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard. "Havia muito vento de frente na final e o grupo do Pogacar aproximou-se rapidamente. Por isso foi bom o Ilan entrar e voltar a aumentar o ritmo e assim mantivemos alguma distância. Assim pude concentrar-me apenas no sprint", explicou.
"Senti que as minhas pernas estavam muito boas e foi por isso que a equipa trabalhou para mim na fuga. Foi difícil. Sabia que os últimos 200 metros eram muito inclinados. Esperei atrás do Healy e pensei: naqueles metros finais, tenho de dar a minha vida para o ultrapassar e ganhar e foi isso que fiz", acrescentou o francês.
Para um estreante na Volta a França, triunfar no Mont Ventoux é um feito que dificilmente se digere de imediato. "Sinceramente, ainda não me apercebi completamente do que acabei de fazer. É estranho ganhar uma etapa da Volta a França como francês, mais ainda aqui no Ventoux. Acho que só amanhã é que o vou perceber verdadeiramente a dimensão desta vitória", confessou.
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