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Team Visma | Lease a Bike voltou a colocar
Tadej Pogacar sob pressão na 16.ª etapa da
Volta a França 2025, considerada por muitos como a jornada de montanha mais exigente até ao momento. Embora os ataques não tenham surtido efeito directo na classificação geral, ficou claro que o camisola amarela ainda não pode respirar tranquilo antes da chegada aos Alpes.
Numa etapa com um perfil singular, praticamente plana até à subida final ao Mont Ventoux, a formação holandesa delineou um plano ofensivo desde o quilómetro zero. A estratégia passou por colocar homens na fuga e preparar o terreno no pelotão para um ataque de
Jonas Vingegaard assim que a estrada inclinasse.
"Dissemos de antemão que a diferença é grande e que o Pogacar tem sido o mais forte até agora. Mas queríamos entrar na terceira semana com confiança e aproveitar todas as oportunidades. Foi o que fizemos hoje", revelou o director desportivo
Marc Reef à NOS. A formação amarela assumiu as despesas do grupo principal assim que começou a subida, lançando Vingegaard num ataque decidido a pouco mais de 10 quilómetros do topo.
"O Jonas motivou muito bem os rapazes desde o inicio da subida e depois tivemos o Victor e o Tiesj prontos para trabalhar. Demos o nosso melhor hoje. Penso que o Jonas poderá ganhar confiança e nós também. Estamos na terceira semana da corrida e ainda tudo pode acontecer", acrescentou Reef.
O dinamarquês atacou de forma explosiva e encontrou Tiesj Benoot, previamente integrado na fuga, para um primeiro momento de transição. Pouco depois, repetiu a jogada e tinha Victor Campenaerts á sua espera após novo ataque. Taticamente tudo foi executado de forma quase irrepreensível, mas todas as tentativas de ataque foram anuladas por um Pogacar sempre atento.
Ainda assim o balanço na Visma é positivo, com destaque para a resposta de Vingegaard na alta montanha. "Até agora o Pogacar tinha sido mais forte nas subidas mais longas e conseguiu chegar à frente do Jonas. Hoje foi o contrário. Não que o Jonas o tenha conseguido deixar para trás, mas correu com confiança. Penso que o Pogacar sentiu isso."
Com duas etapas de alta montanha pela frente, a Visma deposita todas as esperanças nas jornadas alpinas, talvez as mais decisivas de toda a corrida. Apesar das hipóteses de reverter os mais de quatro minutos de atraso parecerem limitadas, a equipa não baixa os braços. "O que o Jonas mostrou hoje dá-nos definitivamente confiança. Se vamos dar tudo por tudo ou se não vamos fazer nada? Teremos de ver isso novamente na quinta e sexta-feira."
O Col de la Loze e a chegada a La Plagne, para além de outras ascensões longas e com grande inclinação, prometem ser palco de novas tentativas para atacar o líder da geral. "Serão duas etapas muito duras. Provavelmente as condições climatéricas também vão piorar e isso também terá um papel importante no desenrolar das coisas. Em todo o caso, estamos prontos para a luta e vamos fazer tudo o que pudermos", concluiu.