Vencedor de várias etapas de grandes voltas está a gozar a sua reforma: "Estou orgulhoso do que consegui"

Thomas De Gendt, ciclista belga conhecido pelo seu estilo agressivo e pelas suas proezas na montanha, retirou-se oficialmente de competição aos 37 anos de idade. Mais recentemente a correr pela Lotto-Dstny, De Gendt deixa para trás um legado impressionante que inclui cinco vitórias em etapas de Grandes Voltas, uma vitória na classificação de montanha na Vuelta de 2018 e um lugar no pódio no Giro de 2012.

A última corrida de De Gendt foi a Volta a Espanha de 2024, pondo fim a uma carreira repleta de fugas memoráveis e vitórias ousadas. Refletindo sobre a sua decisão de se reformar, De Gendt falou ao Het Laatste Nieuws na gala da Crystal Bicycle, admitindo que a realidade da sua reforma ainda não se instalou totalmente.

"Por agora, ainda parece uma espécie de férias de inverno, e penso que só começará a sentir-se verdadeiramente quando a nova época começar", afirmou. Apesar disso, orgulha-se dos seus feitos. "Se olho para trás muitas vezes? Tenho orgulho do que conquistei, sim. E também estou muito feliz por ter sido capaz de decidir por mim próprio quando parar. Muitos ciclistas não têm essa oportunidade".

Entre as suas muitas vitórias, De Gendt guarda um lugar especial para a sua vitória na Volta a Itália de 2012 no Stelvio, uma etapa de montanha extenuante que ajudou a solidificar a sua reputação como um dos ciclistas mais destemidos do pelotão. "Não há muitas chegadas lá. Pode ter havido vitórias melhores em termos de cenários, mas para mim a etapa do Stelvio destaca-se", disse De Gendt, recordando o feito.

O ciclista também recordou a sua famosa vitória na Volta a França de 2016 no Mont Ventoux, uma etapa que permanece gravada na memória dos adeptos do ciclismo, em parte devido à cena caótica em que Chris Froome foi forçado a subir a montanha a correr depois ter ficado com a bicicleta danificada e não ter tido apoio mecânico. "A vitória no Tour no Mont Ventoux também é memorável, claro. O facto de toda a gente associar essa etapa à sessão de jogging de Chris Froome não me faz diferença."

À medida que De Gendt se afasta do ciclismo profissional, as suas conquistas nas corridas mais duras do desporto serão recordadas pela sua audácia, coragem e brilhantismo. A sua reforma marca o fim de uma era para um dos ciclistas modernos mais célebres da Bélgica.

Leia também

Thomas De Gendt despede-se de uma carreira de 16 anos: "Tudo aquilo por que trabalhei desde os 10 anos é agora apenas uma memória"

Thomas De Gendt acabou a carreira mas só no ciclismo de estrada: "O plano é começar a fazer gravel"