Vitória monstruosa de Mads Pedersen na Gent Wevelgem com ataque a solo de mais de 55km!

Ciclismo
domingo, 30 março 2025 a 20:06
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Mads Pedersen protagonizou uma exibição monumental na Gent Wevelgem 2025 e inscreveu pela terceira vez o seu nome no palmarés da icónica clássica flamenga. O líder da Lidl-Trek atacou a mais de 60 quilómetros do risco de meta e pedalou isolado durante cerca de 55 quilómetros, num desempenho que evocou os melhores momentos de Pogacar e Van der Poel.

A jornada começou com um grupo de nove ciclistas a adiantar-se ao pelotão e a compor a fuga do dia: Rui Oliveira, Max Walker, Sam Maisonobe, Jasha Sutterlin, Emils Liepins, Victor Vercouillie, Samuel Leroux, Alexys Brunel e Marco Haller. Contudo, o grupo nunca teve grande margem. A 100 quilómetros do final, a vantagem já era inferior a um minuto, com o vento a agitar o pelotão e a provocar cortes.

Foi nesse momento que o caos se instalou. Os abanicos dividiram o pelotão e deixaram para trás sprinters como Jasper Philipsen e Tim Merlier. Embora o grupo se tenha eventualmente reagrupado, a tensão no seio do pelotão aumentou consideravelmente. Percebendo o momento, Victor Campenaerts (Team Visma | Lease a Bike) atacou e fez a ponte até à frente de corrida.

O verdadeiro endurecimento começou no Kemmelberg, a mais de 80 quilómetros da meta, com vários nomes a testarem as pernas. Um grupo de elite com Biniam Girmay, Florian Vermeersch, Toms Skujins, Ben Turner e Tiesj Benoot ganhou vantagem, mas foi rapidamente absorvido. Logo depois, Pedersen lançou o seu ataque decisivo, numa altura em que também se vivia o infortúnio de Philipsen (avaria mecânica) e Olav Kooij (queda e consequente abandono).

Na segunda passagem pelo Kemmelberg, a cerca de 60 quilómetros do final, Pedersen voltou a acelerar e isolou-se definitivamente. Com uma pedalada potente e constante, abriu um fosso significativo. A 40 quilómetros do fim, liderava com mais de um minuto de vantagem sobre os perseguidores diretos, enquanto o pelotão rodava a 1:40.

A Lidl-Trek controlava o grupo principal e desarticulava qualquer tentativa de organização, dificultando a perseguição. Apesar do esforço tardio da Uno-X Mobility e da Soudal - Quick-Step, o vento de costas favoreceu o dinamarquês nos quilómetros finais. Com 10 km para o final, mantinha ainda uma vantagem superior a 1:20.

Pedersen cruzou a meta em Wevelgem isolado, conquistando uma vitória categórica e memorável. Tim Merlier (Soudal - Quick-Step) venceu o sprint do grupo perseguidor para garantir o 2.º lugar, com Jonathan Milan (Lidl-Trek) a completar o pódio.

Foi mais do que uma vitória: foi uma demonstração de força, de inteligência tática e de pura ambição. Pedersen voltou a provar que é um dos nomes maiores das clássicas flamengas.

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