Tiesj Benoot aponta o erro da Visma na E3 Saxo Classic: "Se corrigirmos isso, a corrida pode ser completamente diferente"

Ciclismo
domingo, 30 março 2025 a 13:00
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A Team Visma | Lease a Bike não tem vivido o seu melhor início de temporada nas clássicas empedradas, e Tiesj Benoot foi particularmente frontal ao apontar o que correu mal - tanto na E3 Saxo Classic como no arranque da Gent Wevelgem, que se disputa este domingo. O belga admitiu falhas de posicionamento e destacou a superioridade de Mathieu van der Poel, que tem dominado a primavera com autoridade.

“Pessoalmente, senti-me bem fisicamente. O problema foi que estávamos demasiado atrás quando a corrida partiu no Taaienberg - e isso teve consequências importantes para o resto da prova”, afirmou Benoot ao Wielerflits. “Estávamos bem agrupados, mas longe demais da frente. Isso tem de melhorar. Se estivermos bem posicionados, podemos voltar a lutar pelas vitórias".

Benoot reconhece que a forma atual de Van der Poel também tem dificultado a vida aos adversários: "Não podemos ignorar o facto de o Mathieu estar a ser excecional neste momento. Mas se corrigirmos o posicionamento, a corrida pode ser completamente diferente".

Nos últimos anos, a Visma tem sido sinónimo de domínio nas clássicas do norte, mas em 2025, o cenário tem sido diferente. As grandes quedas sofridas por Wout van Aert em 2024 podem ter deixado marcas — não apenas físicas, mas também estratégicas — e a equipa parece ainda estar à procura do ritmo certo nos momentos-chave das provas.

Gent Wevelgem como ensaio para a Volta à Flandres

Benoot mantém, no entanto, confiança no processo. A Gent-Wevelgem, com os seus 250 quilómetros, surge como mais um teste fundamental na preparação para a Volta à Flandres e Paris-Roubaix:

“Sinto que estes quilómetros extra me fazem bem. Já não corríamos há algum tempo e é bom voltar a ter este tipo de esforço. No ano passado, também fiquei satisfeito com a forma como esta corrida encaixou na minha preparação".

Com Matteo Jorgenson ao seu lado, Benoot pode ter liberdade para atacar nas colinas — mas tudo dependerá da dinâmica da corrida e, sobretudo, do vento.

As previsões apontam para ventos fortes, e Benoot antecipa uma corrida imprevisível, especialmente na zona plana de De Moeren, onde o pelotão se costuma partir em múltiplos grupos:

“Vai ser uma loucura total. Temos de estar bem colocados com o maior número possível de ciclistas. Depois da última passagem no Kemmelberg, vamos avaliar se temos condições para apostar no sprint com o Olav [Kooij], ou se temos elementos na frente para disputar a vitória".

Apesar de Benoot preferir um cenário mais seletivo, com ataques nas colinas, reconhece que a equipa terá de estar preparada para todos os desfechos:

“Gosto muito de correr nas subidas, mas é preciso estar atento aos abanicos também. Só assim podemos ter hipóteses reais.”

Com uma formação versátil e ainda à procura do seu melhor nas clássicas de 2025, a Visma tem na Gent-Wevelgem não só uma oportunidade de brilhar… mas também de corrigir o rumo antes dos grandes objetivos que se aproximam.

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