O mercado de transferências está ao rubro, com vários nomes sonantes a serem o centro das conversas. Derek Gee e Biniam Girmay estão envolvidos em situações contratuais delicadas, mas é
Juan Ayuso quem concentra as atenções. O espanhol da
UAE Team Emirates - XRG, de apenas 22 anos, pode estar prestes a trocar de camisola e rumar à
Lidl-Trek já no próximo inverno.
Sinais de fricção na Emirates
A relação entre Ayuso e a equipa começou a dar mostras de fragilidade ainda na Volta a França de 2024. Na etapa do Col du Galibier, Ayuso mostrou-se relutante em trabalhar para Tadej Pogacar, gerando um descontentamento visível em João Almeida e Adam Yates. Poucos dias depois abandonava a corrida por estar com Covid-19, enquanto os seus colegas seguiram até Nice para conquistar a prova.
Com a ascensão de Almeida e, mais tarde, de Isaac Del Toro, Ayuso passou a ter menos espaço como líder dentro da estrutura. Apesar de um contrato válido até 2028, começaram a surgir dúvidas sobre a sua continuidade.
Um 2025 de contrastes
A preparação de Ayuso para 2025 foi auspiciosa. Conquistou a Clássica Faun-Drôme, o Trofeo Laigueglia e dominou a Tirreno-Adriatico, vencendo inclusive a etapa rainha. Na Volta à Catalunha bateu Roglic numa etapa, mas perdeu a geral para o esloveno. Ainda assim, o espanhol parecia chegar à Volta a Itália no seu melhor momento.
No entanto, a corrida trouxe novos problemas internos. Isaac Del Toro, acima das expectativas, assumiu a liderança na 9ª etapa. A Emirates procurou manter ambos na luta, mas a gestão revelou-se complexa. Ayuso ainda sofreu uma queda que lhe causou problemas num joelho e, mais tarde, uma picada de abelha acabou por complicar ainda mais a sua continuidade em prova. Del Toro terminou no pódio em Roma, reforçando o seu estatuto, enquanto Ayuso viu a sua hierarquia na equipa fragilizada.
Mercado em ebulição
Nas últimas semanas, os rumores de saída ganharam cada vez mais força. A Movistar parecia uma candidata natural, sobretudo pela procura de um sucessor para Enric Mas. No entanto, segundo o jornal AS, é a Lidl-Trek quem está mais próxima de assegurar os serviços de Ayuso. Com forte poder financeiro desde a entrada da Lidl como patrocinador principal, a equipa americana quer cimentar-se como uma potência à escala da Emirates e da Visma.
Depois da vitória em Cerler, que serviu como resposta aos críticos, Ayuso poderá encarar com maior convicção a hipótese de procurar novos ares e a tão desejada liderança absoluta. Caso se confirme, será mais um contrato que é quebrado em poucas semanas, seguindo a tendência aberta por Remco Evenepoel e Derek Gee.
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