Durante anos,
Wilco Kelderman assumiu o papel de líder nas Grandes Voltas. No entanto, a sua mudança para a
Team Visma | Lease a Bike trouxe-lhe uma nova perspectiva, com um papel mais voltado para o apoio aos seus companheiros e oportunidades em objetivos mais específicos.
O ciclista holandês iniciou a temporada na Volta ao Algarve, em fevereiro, onde desempenhou um papel fundamental na vitória de Jonas Vingegaard na classificação geral. Como avalia a sua estreia em Portugal? "Correu bem, embora esperasse um pouco mais. Tive um inverno muito bom, mantive-me em forma e consegui treinar bem", afirmou ao WielerFlits.
"Senti-me muito bem nos treinos, mas sabemos que uma corrida é algo completamente diferente. A intensidade é outra. Por isso, esperava um pouco mais, mas foi uma boa semana. Consegui evoluir e isso é o mais importante para as próximas corridas. Espero estar num nível ainda melhor na
Volta à Catalunha."
Inicialmente, Kelderman deveria apoiar Vingegaard na corrida espanhola, mas a queda do dinamarquês na Paris-Nice obrigou a equipa a reformular os planos. Assim, como encara as próximas provas rumo à
Volta a Itália? "Na Volta ao País Basco terei mais liberdade. Quero testar o que é possível e ver que nível consigo atingir."
"Espero conseguir mostrar algo positivo lá. No Giro, estarei ao lado do Olav, do Wout e do Simon", afirmou. "Quem sabe, talvez até surja uma oportunidade para mim, mas esse não será o foco principal."
Ao longo da carreira, Kelderman habituou-se a carregar a responsabilidade de liderar. Agora, a ausência dessa pressão traz-lhe um alívio? "Não me importo com a pressão, mas, claro, é preciso corresponder às expectativas. Se não estamos no nível certo, torna-se difícil continuar a lutar. Por isso, é bom apoiar um líder forte, mas se houver uma oportunidade para um bom resultado, não hesitarei em aproveitá-la."